O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) negou um habeas corpus para o ex-presidente da Câmara de Ibotirama, Jean Charles Alexandre. Com isso, ele segue detido no presídio de Salvador.
Outras três pessoas também seguem detidas por envolvimento na morte de Marcello Leite Fernandes: Thiago França de Oliveira, Gutembergue Marques dos Santos e Cleyton Nunes de Oliveira Almeida. Os quatro são acusados pelo homicídio, além de integrarem uma milícia – espécie de grupo justiceiro que age fora das leis -, liderada por Jean Charles, conforme ação penal ajuizada pelo Ministério Público do Estado (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).
O ex-presidente da Câmara é apontado como mandante do crime. A defesa dele, porém, nega a acusação e defende a inocência do ex-edil. Afirma que não há provas materiais que o incriminem.
Segundo o MP-BA, o autor dos disparos contra a vítima é Thiago França, à época servidor da Câmara de Ibotirama. Ele estava na mesma motocicleta pilotada por Cleyton Nunes, outro denunciado. Já o policial militar Gutemberg seguia o carro da vítima a bordo de um Ford Fiesta, como parte da trama.
O crime ocorreu no dia 21 de julho do ano passado, por volta de 14h30min, na Avenida João Alves Martins, em frente a uma loja de som automotivo (lembre aqui). Na época do crime, houve especulações sobre motivação política, uma vez que ocorreu antes do pleito eleitoral, mas não há nenhuma indicação concreta da suspeita.
Jean Charles Alexandre foi preso em setembro do ano passado, junto com o PM Gutembergue, durante a Operação Petúnia deflagrada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) (ver mais aqui).
A defesa do ex-legislador deve recorrer da decisão que foi publicada na última sexta-feira (5).
Fonte: BN