Exposição ‘Veias’ de Diego Sei destaca rios da Bahia e reforça preservação das águas

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A capital baiana é cortada por doze rios, muitos deles desaparecendo da paisagem urbana. A exposição Veias, do fotógrafo Diego Sei, tem como objetivo provocar reflexão sobre a relação da sociedade com as águas, destacando a importância de sua preservação. A abertura ocorre na quinta-feira (09/10/2025), às 18 horas, na Galeria da Fundação Pierre Verger, no Centro Histórico de Salvador, como parte da quarta edição do projeto 16 Ensaios Baianos, dedicado a valorizar a fotografia produzida na Bahia e a promover diálogos entre gerações.

Acervo e concepção da mostra

A exposição apresenta 29 imagens de rios de Salvador, Boipeba e do Recôncavo Baiano, em formatos variados, de 33×55 cm a 1m20, além de trabalhos em estêncil que representam os rios como veias. Segundo o curador Paulo Coqueiro, a mostra oferece experiência estética e reflexão sobre a preservação hídrica.

“As fotografias reunidas em Veias revelam a relação vital entre rios, comunidades e modos de vida, articulando memória e cotidiano em torno da água como patrimônio essencial”, afirma Coqueiro.

Todas as imagens estão em preto e branco, com contraste intenso que torna a fotografia de Diego Sei extremamente gráfica, transformando cada obra em convite à preservação das águas.

Mensagem do fotógrafo

Para Diego Sei, falar de rios é falar de história, memória e ancestralidade. “Esse ensaio traz os rios como afluentes da cultura, usados por povos tradicionais para alimentação e lazer, ambientes que vêm sendo ameaçados”, explica. O nome Veias simboliza tanto as veias do corpo humano quanto os cursos de água que cortam cidades e interiores, reforçando respeito e cuidado com os rios.

O fotógrafo também destacou sua participação no projeto 16 Ensaios Baianos:

“Tô muito feliz de participar. É um momento importante na minha trajetória como fotógrafo”, afirmou.

Projeto Cor-rego e iniciativas culturais

Desde 2017, Diego Sei, em parceria com a arquiteta e urbanista Camila Contreras, desenvolve pesquisas em povoamentos tradicionais da Ilha de Boipeba (Cairu-BA), São Félix/Cachoeira e Salvador (BA). Os projetos COR-REGOS e Feito Ninho buscam resgatar a importância dos rios por meio de uma abordagem cultural, destacando a água como patrimônio essencial.

As iniciativas reforçam o valor histórico e ambiental dos cursos d’água e promovem a conscientização sobre a preservação dos rios como elementos centrais da vida comunitária e da cultura local.

Fonte: Jornal Grande Bahia / Foto: Diego Sei

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