Por Ângela Monize ( Portal Ipirá City ) – Quarta, 9 de setembro de 2020
Sobrevivente além do tempo e espaço.
Luz.
A rosa conclui-se em apagar o sono, as olheiras
imensas, a falta do pensar.
Nada além daqueles momentos trágicos onde o ar
encontra-se rarefeito e os olhos ficam inchados.
Nada além de você.
Só você.
O gelo faz a rosa sondar em vitalidade.
Uma vitalidade gélida, em estalactites.
Montanhas a dentro e um por cento de bateria em
eletrônicos. Dois por cento de mim em frios de
setembro, vinte e quatro por cento de você.
O restante é o depois, embaralhado nos terrenos hostis
de uma caricatura em verniz e aço, desenhando todo
o supracitado.
Conseguiria pensar na possibilidade de escrever sobre
os três assuntos que preciso escrever.
Mas a mente não funciona quando se tem um
bloqueio na casa.
O bem-te-vi passeia sorrateiramente sobre o colar de
pérolas na escassez do aquário.
Os peixes pensam em morrer e pensam em
bloqueios.
Meu pesar:
Amor, estou com medo.
Estou escrevendo, mas me sinto bloqueada.
Pensar veementemente apavora. Adoece. Acaba.
Estou estranha de hoje, de ontem, e sempre…
E escrever sobre isso me faz traçar uma linha entre o
horizonte e o chão, a terra, o escondido do mar.
O bloqueio…
Talvez eu finalize em passos constantes na busca por
fiéis versões de mim.
Começo e fim.
Meio e tudo.
Nome da obra: FénixAutoria: Ângela Monize Linguagem artística: Fenômeno Poético e FotografiaCréditos à foto: Ângela Monize
Lindo poema. Parabéns pelo seu trabalho maravilhoso 😍🥰🥰🥰🥰👏👏👏👏👏
Muito obrigada, meu querido amigo <3