Dirigido por Thomaz Farkas, o curta mergulha no trabalho fascinante de Juarez Paraíso, destruído nos anos 1970
Por James Martins no dia 07 de Dezembro de 2020 ⋅ 09:48
“PARAISO, Juarez” é o título do curta-metragem de Thomaz Farkas que mostra o fascinante trabalho do artista plástico no Cine Tupy, inaugurado em 1968 na Baixa dos Sapateiros. Com uma obra inspirada na comunicação humana (ou na falta de), Paraíso tornou o mural uma verdadeira ambientação e proporcionou aos frequentadores do local imergirem verdadeiramente em sua arte.
Infelizmente, nos anos 1970, o trabalho foi inteiramente destruído para dar lugar a cartazes de divulgação dos filmes. Hoje, o Tupy é um dos raros cinemas de rua de Salvador, mas atende a necessidades menos ficcionais e mais reais dos seus frequentadores, vez que a tela (que já foi um orgulhoso cinemascope) quase não se vê e quem frequenta o cinema embolorado não pretende assistir de fato aos pornôs exibidos, mas, antes, estrelarem os seus próprios momentos de pegação. Como muitos deles são pais de família “héteros”, a ficção tá garantida no fim das contas. #TaNoYouTube
Fonte: Metro 1