por Gabriel Brito – Sábado, 14 de outubro de 2023
A solicitação do Ministério Público Federal, para que o ministério da Saúde declare emergência sanitária nas terras dos Munduruku, no rio Tapajós, pode ter produzido ao menos um efeito positivo. A Fiocruz está iniciando um estudo com mulheres grávidas da etnia. A finalidade é descobrir se elas têm o organismo afetado pela ingestão do mercúrio, usado na mineração ilegal de ouro; e se a substância afeta seus bebês.
Em 2019, levantamento semelhante já havia detectado que todos os indígenas da aldeia Sawré Muybu tinham mercúrio no organismo e, entre crianças, 16% apresentavam problemas de fala e coordenação motora. “Além dessas evidências, o próprio povo Munduruku e os profissionais que trabalham no território relatam que há crianças nascendo com má formação.
Há uma suspeita de que esses problemas estejam associados à exposição crônica ao mercúrio, já que o garimpo está instalado há décadas na região”, disse Paulo Basta, coordenador de ambos os trabalhos de pesquisa.
Fonte: Outra Saúde