Flita: Festa Literária de Aratuípe acontece de 18 a 20 de novembro

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Promover acesso à leitura e bens culturais de qualidade é a proposta da Flita – Festa Literária de Aratuípe, que promete movimentar a região do baixo-sul entre os dias 18 e 20 de novembro. Localizada entre os munícipios de Nazaré e Maragogipe, Aratuípe terá suas praças, auditórios e escolas ocupadas por uma vasta programação de atividades gratuitas, como palestras, bate-papo com escritores (as), oficinas, lançamento de livros, saraus. Estão previstas ainda exposição de artesanato e apresentações culturais com objetivo de valorizar e fortalecer a cultura local e popular.

“A Flita nasceu de um sonho e da certeza de que educação e cultura são indissociáveis. O projeto tem como objetivo promover a democratização da arte e cultura, despertar a fruição artística e fomentar o letramento literário em Aratuípe que, como outras cidades do interior, não dispõe de cinema e teatro, por exemplo. Mas, tem gente. Gente que faz arte, gente que gosta de arte”, celebra a professora, poeta e curadora do evento, Meg Heloise.

2ª edição da Flita

A primeira edição da Flita aconteceu ano passado, ainda na pandemia, em caráter híbrido e homenageou a escritora negra Carolina Maria de Jesus. Este ano, o evento será totalmente presencial e terá como tema Literatura e Identidade. A promessa é reunir escritores, escritoras e poetas da cena baiana, cantores e cantoras dos territórios de identidade Baixo Sul e Recôncavo. Entre os autores já confirmados: Lívia Natália, Clarissa Macedo, Luciany Aparecida, Denizia Kawany Fulkaxo, Nankupé Tupinambá, Ionã Scarante, Mariana Paim, Fernanda Carvalho, Hamilton Borges, Lande Onawale e o poeta Alex Simões.

“Vamos proporcionar um espaço de fruição e reflexão sobre como a arte, especialmente a literária, no entrecruzamento entre ficção e realidade, forja identidades. Teremos contato com múltiplas linguagens artísticas nessa terra encantada que é Aratuípe, terra da cerâmica, dos artesãos, artesãs, mestres santeiros e brunideiras, terra de poetas como José Leone, Ester Vasconcelos, Osmadil”, anuncia a curadora.

A programação contempla mesas temáticas, bate-papos, lançamentos de livros, apresentações musicais, grupos culturais tradicionais da região, espetáculos de dança, saraus e encontros que só a Literatura proporciona. O evento é uma realização da Prefeitura de Aratuípe e está sendo organizado pela Secretaria da Educação com apoio da Fundação Pedro Calmon. “Na condição de educador, temos muito a celebrar por estarmos criando um espaço que valoriza e fomenta a literatura e outras manifestações artísticas. A Flita é realizada na perspectiva de política pública ampliado o acesso à cultura a populações que normalmente não têm acesso”, destaca o prefeito de Aratuípe Antônio Marcos Araújo.

De leitores a autores

Estimular o protagonismo das crianças do município proporcionando espaço fértil para a produção e divulgação das suas narrativas dos estudantes de Aratuípe é um dos objetivos da Flita. “Entendemos a arte como atividade educativa, nesse sentido, o letramento literário se faz fundamental na formação do pensamento crítico e reflexivo. A educação, para ser libertadora, precisa caminhar junto a arte e cultura.”, defende o secretário de Educação de Aratuípe Anderson Passos.

Entendendo, como sugere bell hooks, autora feminista e antirracista estadunidense, que “é preciso fazer do aprendizado um paraíso”, as atividades da Flita foram iniciadas no chão da escola ainda no primeiro semestre. Através do projeto Literatura em Rede, foram realizadas atividades integradas ao currículo, como oficinas de produção, saraus e encontros com escritoras. Destacando o veio didático-pedagógico de eventos culturais como as festas literárias, mobilizamos a comunidade escolar e local. Assim, a programação da Flita garante o protagonismo de estudantes, professores e professoras da rede municipal.

Fonte: Blog do Valente

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