Filho de uma brasileira, o político George Santos disputa vaga na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (EUA) nas eleições para o Congresso do país neste ano. A escolha dos representantes ocorre nesta terça-feira (8/11).
Membro do partido Republicano, Santos concorre com o democrata Robert Zimmerman. Eles são os primeiros candidatos abertamente gays a disputarem uma vaga na Câmara dos Representantes dos EUA.
George é neto de judeus que fugiram da Ucrânia no início do século passado. Eles se estabeleceram na Bélgica, mas fugiram da perseguição no país durante a 2ª Guerra Mundial. O novo destino foi o Brasil, onde a mãe do candidato nasceu.
De acordo com a página oficial do candidato, o pai de George tem raízes angolanas, mas também é nascido em território brasileiro. A família migrou legalmente para os Estados Unidos em 1980, onde George nasceu.
Gays
Pela primeira vez, a Câmara dos Representantes terá dois candidatos abertamente gays na concorrência pela mesma vaga. Apesar da disputa histórica, Santos não utiliza a bandeira LGBTQIA+ como um dos ganchos de sua campanha.
“A última coisa que você vai me ouvir dizendo na minha campanha é que eu faço parte de uma minoria, que eu sou gay. Nada disso importa, porque isso não muda a vida e o dia a dia de ninguém”, disse em entrevista ao portal G1.
O republicano também defendeu que não está em uma “disputa” contra o Partido Democrata para “ver quem tem mais gays”. Atualmente, 11 congressistas compõem abertamente a comunidade LGBTQIA+. Todos integram o partido Democrata.
Eleições nos EUA
Os norte-americanos vão às urnas, nesta terça-feira (8/11), para definir a composição do Congresso dos Estados Unidos. A eleição de meio mandato, como é chamada, serve como uma espécie de referendo em relação ao ocupante da Casa Branca, Joe Biden, que tentará manter a maioria de parlamentares aliados no controle.
No pleito desta terça, estão em jogo a totalidade da Câmara de Representantes (435 vagas), 30 dos 100 assentos no Senado, além de 36 cargos de governadores e a renovação de praticamente todas as assembleias locais.
Os norte-americanos vão decidir se mantêm a maioria de democratas no Congresso ou se o controle voltará para os republicanos, que são oposição e, possivelmente, passarão a obstruir as políticas de Biden.
Fonte: Metrópoles