Duas aves marinhas foram confirmadas com a doença no Espírito Santo nesta segunda-feira (15)
Por Letícia Guimarães
O analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias afirma que “a imagem do Brasil não é nem um pouco arranhada agora” em relação aos dois casos de gripe aviária confirmados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) na tarde desta segunda-feira (15).
Os dois casos em aves marinhas do tipo Trinta-réis-de-bando foram detectados em Vitória e em Marataízes. Ambas análises começaram a ser investigadas, segundo o MAPA, na última quarta-feira (10), e os casos foram confirmados e anunciados por meio de nota oficial do Ministério nesta segunda-feira.
Iglesias aponta que o fato de os casos estarem, até o momento, restritos a duas aves selvagens no Espírito Santo não muda o status sanitário brasileiro nem as relações comerciais, uma vez que não há casos da doença no setor industrial/comercial. “De toda maneira, é preciso manter todas as regras e normativas estabelecidas de proteção”, disse.
O analista destaca, inclusive, que a rapidez na apuração dos casos e a transparência do MAPA em informar com clareza o que houve contam como pontos positivos junto ao mercado externo. Outra questão elencada pelo especialista é que o Brasil é responsável praticamente por ⅓ do volume global de carne de frango exportada, sendo “difícil algum player conseguir suprir o que o Brasil produz”.
Iglesias aponta ainda que, apesar de o risco inicial da doença surgir no Brasil há alguns meses seria por via de fronteira com países da América do Sul que têm casos ativos da doença, como Argentina, Uruguai e Bolívia, foi pelo litoral brasileiro que houve a contaminação. “Provavelmente essa doença chegou com a passagem das aves que estavam retornando para o hemisfério norte”, sugere o analista.
“No caso do Espírito Santo, que é mais forte em avicultura de postura, a área de Vigilância deve se manter atenta. Existe a possibilidade de mais casos surgirem em aves selvagens por causa das testagens serem ampliadas. Os produtores capixabas e também de outras áreas do país devem redobrar as medidas de biosseguridade, seguindo isso de maneira contundente para evitar que isso chegue às granjas comerciais”, reiterou Iglesias.
Fonte: Notícias Agrícolas