‘Não faz sentido o país ficar mais rico e o pobre ficar mais pobre’, argumentou o ministro, que prega o fim do controle acionário estatal
O ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs a venda de ações da Petrobras e o uso do dinheiro para custear iniciativas na área social. A jornalistas de Washington (EUA), para onde viajou para compromissos no FMI e no G20, Guedes defendeu esta estratégia nos momentos em que o preço do petróleo aumente aceleradamente. ” Não faz sentido o país ficar mais rico e o pobre ficar mais pobre”, argumentou.
“toda vez que o combustível subir, você tem ações da Petrobras valendo mais, você vende um pouquinho e deixa as pessoas mais pobres comprarem gás natural. Ai quando os preços do gás e do petróleo subirem, uma parte dessa riqueza que o Brasil tem vai para os mais pobres”, afirmou Guedes.
Para o ministro, que prega o fim do controle acionário estatal, a elevação dos combustíveis tende a valorizar também as ações da petrolífera. Essa valorização, segundo o ministro, deve chegar a R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões quando a Petrobras entrar no Novo Mercado. Neste modelo, todas as ações são ordinárias (com direito a voto).
Na entrevista, o ministro reafirmou que sempre defendeu a privatização não só da Petrobras, mas de todas as estatais. Ele sugeriu a criação de um fundo de combate à pobreza a partir dos lucros com ações de estatais como Petrobras e Caixa Seguridade. “Capitalismo popular, de Margaret Thatcher”, completou, se referindo a ex-primeira-ministra do Reino Unido.
Fonte: UOL / Foto: Edu Andrade/Ministério da Economia