O cardeal católico Joseph Zen, de 90 anos, foi preso em Hong Kong na quarta-feira (11.mai) por violar a lei de segurança nacional imposta por Pequim em junho de 2020, após violentos protestos em oposição à administração da China no território autônomo. De acordo com a polícia, ele, um outro homem e duas mulheres foram detidos.
O cardeal salesiano era um dos administradores do 612 Humanitarian Relief Fund (Fundo de Auxílio Humanitário), fundado em 2019 para apoiar manifestantes pró-democracia no pagamento das despesas legais e médicas e dissolvido em outubro do ano passado. Além dele, as autoridades também prenderam outros promotores do Fundo, incluindo a conhecida advogada Margaret Ng, ex-deputada da oposição; o acadêmico Hui Po-keung e a cantora e compositora Denise Ho.
Acusados de “conluio com forças estrangeiras”, todos foram soltos nesta quinta-feira (12.mai) após pagarem fiança. Criticada por instituições internacionais, a China reagiu afirmando que se opõe a qualquer ato que interfira nos assuntos de Hong Kong.
“Hong Kong é uma sociedade baseada na lei, onde nenhuma organização ou indivíduo está acima da lei, e todos os atos ilegais serão punidos por lei”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China em seu briefing diário.
Separadamente, o escritório do ministério em Hong Kong emitiu uma declaração dizendo que “salvaguardar a segurança nacional é justificado, a interferência estrangeira é puramente em vão”. O Vaticano também se pronunciou sobre a prisão e disse estar acompanhando a situação “com extrema atenção”.
Fonte: SBT News