Desde sexta-feira (01), médicos que atuam no Hospital Metropolitano, em Lauro de Freitas, não estão realizando cirurgias eletivas, operando somente com restrições no atendimento. A justificativa do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) está no atraso dos pagamentos de honorários e as condições de trabalho na instituição. As informações são do Correio.
A decisão foi tomada após assembleia realizada na sexta-feira e, ainda de acordo com a entidade, não há previsão de reestabelecimento do atendimento normal. “Isso só vai acontecer somente quando os honorários médicos forem pagos e as outras questões melhoradas. Para que outros médicos não optem pela demissão, como já o fizeram parte dos cirurgiões”, disse a presidente do Sindimed Bahia, Rita Ribeiro.
Conforme a presidente, o mês de dezembro está em atraso e parte dos médicos ainda faltam receber valores parciais de novembro. “Dia 28 de fevereiro, o dia que o movimento iniciaria, nos reunimos com a Sesab, já que a empresa que administra o hospital, INTS, não foi para a reunião. A secretaria prometeu ajudar a resolver tudo até dia seguinte. Em confiança, o Sindimed pediu para os colegas que adiassem o movimento até 1 de março. Infelizmente, não houve resolutividade, nem resposta. Assim, o movimento, já avisado aos órgãos competentes, foi retomado na assembleia”.
Somente os casos de urgência e emergência, com risco de vida, estão sendo atendidos. O sindicato afirmou que os médicos enfrentam ainda escassez de material, escalas de trabalho incompletas, em função do número reduzido de profissionais.
Em nota, o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela administração do Hospital Metropolitano, escreveu que recebeu no sábado (02), 25 pacientes do interior da Bahia e de outras unidades de saúde da capital, como parte das mais de 450 transferências do mutirão de regulação que o Governo do Estado da Bahia.
A maioria dos 25 pacientes será submetida a tratamentos de clínica geral e vasculares, uma das especialidades do Hospital Metropolitano. Sobre os pagamentos, “a Diretoria do Hospital Metropolitano está atuando de forma permanente, junto ao seu corpo médico, nos acordos para regularização dos pagamentos”, escreveu.
Fonte: Correio / Foto: Carol Garcia/GOVBA