O Hospital Ortopédico do Estado da Bahia, unidade pública estadual gerida pelo Einstein, inicia, no próximo sábado (14), um mutirão de cirurgias ortopédicas em crianças com Síndrome Congênita de Zika. A medida, que faz parte de uma ação conjunta entre o Ministério da Saúde e o Governo do Estado, visa reduzir a espera por intervenções de quadril em crianças afetadas pela condição. Serão, ao todo, 45 pacientes entre 05 e 09 anos.
A Síndrome Congênita de Zika é caracterizada por um conjunto de anomalias que podem incluir alterações cerebrais, osteomusculares e neuropsicomotoras. A condição vem acometendo, desde 2015, bebês cujas mães contraíram a doença ou manifestaram sintomas durante a gestação. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2015 e 2024, foram confirmados 1.828 casos em todo o país.
Entre as alterações osteomusculares (ou seja, lesões que afetam o sistema musculoesquelético) em crianças com a síndrome, a principal é a subluxação – desalinhamento parcial – do quadril. Problemas ortopédicos graves nos pés, pernas e mãos também foram identificados como consequências da infecção.
“A cirurgia é importante para devolver a qualidade de vida aos pacientes e aos cuidadores, além de evitar problemas futuros como dores, dificuldades de se locomover e até sentar”, declara Matheus Azi, gerente médico ortopedista do hospital.
O Hospital Ortopédico do Estado da Bahia, fará também a reabilitação dessas crianças após a realização das cirurgias. A expectativa é que os pacientes tenham alta hospitalar em até 04 dias. “A unidade está preparada para oferecer o cuidado integral para as crianças vítimas da Zika e aos cuidadores, com reabilitação, orientações e apoio psicológico”, afirma Roger Monteiro, diretor médico do Hospital.
Via: Portal Saúde News / Foto: Divulgação