Em 2022, índice marcou 0,760, caindo duas posições e indo a 89ª; ONU culpa polarização além de pandemia
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou nesta quarta-feira (13) que o Brasil reverteu em 2022 a queda, de dois anos consecutivos, do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Entretanto, o nível não alcançou o patamar pré-pandemia.
Em observação da expectativa de vida desde o nascimento, escolaridade e renda, o país atingiu um patamar considerado alto no último ano do governo Jair Bolsonaro (PL): 0,760 —quanto mais próximo de 1, melhor o IDH.
Apesar da alta, a posição do país no ranking geral caiu. Houve o recuo da 87ª posição em 2021 para 89ª em 2022 (de um universo de 193 nações).
Ranqueados, acima do país estão, por exemplo: Cuba (0,764), China (0,788), Argentina (0,849) e Bahamas (0,820). Considerando América Latina e Caribe, o Chile (0,860) se mantém como a nação com o IDH mais alto. Nesse cenário, o Brasil, que ocupava a 16ª posição, caiu para a 19ª. Entre outros países, ficou atrás de Panamá (0,820), Costa Rica (0,806), México (0,781), Equador (0,765) e Peru (0,762).
Segundo o relatório que apresenta os dados, o de Desenvolvimento Humano (RDH), a tendência mundial de aumento da polarização política, também observada no Brasil, atrapalha a melhora da qualidade de vida da população.
“A polarização está associada a pessoas percebendo suas diferenças como uma soma inútil, tornando-as menos propensas a buscar ações conjuntas e identificar objetivos compartilhados”, diz o RDH.
No primeiro ano da gestão Bolsonaro, em 2019, o IDH havia passado de 0,764 (2018) para 0,766. Indicando uma piora do país ao fim do mandato. Durante a pandemia, em 2020, o indicador despencou para 0,758, alcançando 0,754 em 2021.
O mesmo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) diz que a expectativa de vida do brasileiro é de 73,4 anos e o tempo médio de escolaridade é 15,6 anos.
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Fonte: SBT News