Em 18 de fevereiro de 1976 regida pelo signo de aquário, vem ao mundo a poeta, escritora, professora, atriz e cantora, às vezes dançarina, Inaê Sodré ( Filha de Raimundo Sodré). Nasceu no interior da Bahia, na cidade de Ipirá, local onde passou toda a sua infância e adolescência.
Ela considera que tem a cultura do interior muito arraigada em si e admira muito os costumes da sua região, o Sertão, com ressalva para a relação humana que é muito mais de proximidade, de família, de afeto pelos vizinhos, e é este tipo de relação que ela guarda como um sentimento de pertença.
Inaê, que estudou astrologia há um tempo e até já fez Mapa Astral, tem as características típicas de uma aquariana: a liberdade no seu pensamento, o olhar para o futuro, para o que pode vir a ser, a crença no Amor como solução e salvação da humanidade e do planeta. “Cultivo o Amor como transbordo”, diz a poeta aquariana.
Ainda jovem mudou-se para cidade de Dias D Ávila (BA) para morar com a sua irmã Inúbia Sodré. Inaê a define como “o Grande amor de sua vida”. Depois de Dias D’Ávila, mudou-se para capital da Bahia para poder estudar. Morou três anos na República dos Estudantes de Ipirá.
Passou no vestibular para Letras na Ufba e Católica e então foi morar na Residência Universitária da Ufba. Lá Inaê dividiu o espaço com artistas de várias áreas: Música, Dança, Teatro, Belas Artes, Letras e mais. Nos espaços universitários começa a se apresentar como poeta e cantora, trazendo o tema Sertão como foco de expressão, mas também, por vezes atuou como dançarina fazendo dança do ventre.
Como cantora, Inaê se apresentou com Wilson Aragão, Celo Costa, Sérgio Otanazetra, Gerônimo e Raimundo Sodré em vários espaços de Salvador, como Concha Acústica do TCA, Teatro Sesi, Acbeu, Dona Canô, além de uma turnê na Dinamarca, onde se apresentou com o seu pai em 1999.
Em 2000 Inaê começa a estudar teatro no TCA Com Meran Vargem. Depois com Marcos Machado atuando em dois papeis na peça Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto.
Em 2006 atua em seu primeiro espetáculo solo de montagem própria: Fêmeas. Neste espetáculo interpreta um repertório de poemas escritos por mulheres, que falam do universo feminino. Neste repertório encontra-se poemas dela, de Elisa Lucinda, Hilda Hilst, Florbela Espanca, Fabrícia Miranda, Marina Colasanti e Maria da Conceição Paranhos, intercalado com outras linguagens artísticas como música, dança e projeção de imagens. Apresentou-se em Salvador no Teatro SESI, Teatro Casa do Comércio, Teixeira Leal, IlUFBA , SEPAIA e na Maison du Brésil em Paris-FR.
Através deste espetáculo nasce Mirante dos Astros, que é um monólogo baseado em Estamira, um documentário de Marcos Prado. Apresentou-se no Teatro SESI, ILUFBA, Sala Cinco Teatro UFBA, Teatro Gambôa Nova e Teatro Molière. O figurino de Mirante dos Astros foi feito por ela e teve inspiração no livro “Quarto de Despejo” de Carolina de Jesus.
Este texto foi publicado originalmente em: https://poesiabaiana.wordpress.com/2010/06/08/perfil-inae-sodre/