Segundo a CNC, as famílias informaram nível de renda igual, mas com maior dificuldade de acesso a crédito
A Intenção de Consumo das Famílias, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), subiu 0,8% neste mês. O indicador atingiu 96,7 pontos, o maior nível desde março de 2020 – mês inicial da pandemia de Covid-19. Mas segue abaixo de 100 pontos (marco que divide as zonas de avaliação positiva e negativa). O resultado de março representa o menor crescimento em 12 meses.
Pelo terceiro mês consecutivo, a perspectiva de consumo se destacou com o maior crescimento mensal (3,2%), chegando a 103,6 pontos. Desde outubro do ano passado, o indicador tem avançado mais que o nível de consumo atual. “Essa expectativa é muito positiva e reflexo de uma inflação mais controlada. Mas mostra, também, um desafio para a renda imediata”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Ao contrário do que ocorreu em fevereiro, a intenção de consumo cresceu mais entre os mais ricos (alta de 2,2%).
O subíndice que mede a facilidade das compras a prazo caiu 0,8% e se manteve na zona negativa, com 90,5 pontos. Três em cada quatro consumidores consideram que o momento não é favorável para aquisição de bens duráveis. “O crédito está mais caro e seleto, principalmente para os consumidores de menor renda, e tem levado cada vez mais famílias a repensar compras de longo prazo”, observou Izis Ferreira, economista da CNC responsável pelo estudo.
fonte: Bahia.ba