Ipirá segundo o IBGE: o impacto da fé na identidade e transformação social

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Por Gleidson Souza (Ipirá City)

Ipirá, município do estado da Bahia, reflete em seus números a forte influência religiosa na vida de sua população. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria dos habitantes se declara Católica Apostólica Romana, representando 74,55% do total, seguidos pelos evangélicos, com 14,31%. Outras crenças também marcam presença, como o espiritismo (0,25%) e religiões de matriz africana, como Umbanda e Candomblé (0,65%). Os que se declaram sem religião somam 7,95% da população.

Distribuição por gênero e alfabetização

As estatísticas revelam também como a religião varia de acordo com o sexo. Entre os católicos, há um equilíbrio entre homens (49,6%) e mulheres (50,4%), mas entre os evangélicos, as mulheres são maioria, representando 61,24% dos fiéis. Curiosamente, pessoas sem religião têm uma distribuição mais equilibrada, com 51,95% homens e 48,05% mulheres.

Em termos de escolaridade, observa-se que a alfabetização entre grupos religiosos varia. A porcentagem de alfabetizados é maior entre os sem religião (86,26%), seguida pelos evangélicos (83,38%) e, por fim, os católicos (77,12%).

Religião e identidade racial

A relação entre religião e identidade racial também chama atenção. Entre os brancos, 73,32% seguem o catolicismo, enquanto 15,01% são evangélicos. Já entre os pretos, os números mostram 72,65% de católicos e 14,44% de evangélicos. Quando se trata de religiões de matriz africana, como Umbanda e Candomblé, o percentual mais expressivo está entre a população preta, com 0,64%, seguido pelos pardos (0,56%) e brancos (0,95%).

O dado mais intrigante talvez seja o dos indígenas, onde 52,03% se declaram católicos, 16,15% evangélicos e 0% seguem Umbanda e Candomblé, mostrando um impacto da evangelização sobre essas comunidades.

Reflexões sobre o futuro religioso

O cenário religioso de Ipirá traduz a influência histórica do cristianismo, especialmente do catolicismo, mas também mostra o crescimento de outras denominações, sobretudo evangélicas. O número significativo de pessoas sem religião indica uma possível mudança geracional, onde a religiosidade tradicional dá espaço a novas formas de espiritualidade ou mesmo à não crença.

Foto: IBGE

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