Cerca de 6 mil brasileiros vivem na região, a maioria com dupla nacionalidade
O Brasil monitora a escalada das tensões na Cisjordânia em meio ao conflito entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas. Na região, vivem cerca de 6 mil brasileiros – a maioria com dupla nacionalidade.
À CNN, o embaixador Alessandro Candeas, representante do Brasil junto à Palestina, disse que, por enquanto, não há previsão de repatriação para quem está na região, porém já há um plano de contingência para uma eventual retirada emergencial.
“Estamos preocupados também com o aumento das tensões na Palestina. Os vilarejos onde eles moram estão todos bloqueados, não podem passar de uma cidade à outra, por causa tanto das forças de Israel na Palestina, e também por ataques de colonos israelenses”, disse o embaixador.
A Cisjordânia é o território palestino a oeste do rio Jordão, adjacente a Israel e à Jordânia, e seus residentes esperam que o território faça parte de um futuro Estado palestino.
“Há na Cisjordânia 6 mil brasileiros. Nós temos contato com boa parte deles, principalmente através do Conselho de Cidadãos brasileiros na Palestina. É uma comunidade em sua maioria binacional, são palestinos-brasileiros”, disse Candeas.
Por enquanto, o Brasil não trabalha com a possibilidade de fazer uma operação para tirar brasileiros da região. “Estamos monitorando o crescimento das tensões. Ainda não há uma previsão de repatriamento de brasileiros de lá, mas claro que temos um plano de contingência”, disse o embaixador.
Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, as aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) envolvidas na Operação Voltando em Paz, do governo federal, foram responsáveis pelo retorno de 1.135 brasileiros, e pelo menos 35 pets (cachorros e gatos), que estavam em Israel.
Na Faixa de Gaza, outros 30 brasileiros aguardam a abertura da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, para retornarem ao Brasil. Um avião da FAB já aguarda o grupo no Cairo, capital egípcia.
Como mostrou a CNN, as tensões estão aumentando na Cisjordânia, onde palestinos foram mortos em confrontos tanto com as forças israelenses como com os colonos após Israel anunciar um “cerco total” à Gaza em resposta aos ataques terroristas de 7 de outubro perpetrados pelo grupo radical islâmico Hamas.
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Fonte: CNN
