Um símbolo de resistência da cultura africana, Joana de Jesus Barbosa, (Dona Joana), filha de seu Teófilo de Jesus Barbosa “Teófilo violeiro”, perdeu a sua mãe quando criança e passou a conviver com seu pai e sua madrasta.
Desde sua infância começou a trabalhar ajudando o pai que era agricultor, cresceu mudou-se para Feira de Santana, lá construiu família, teve seis filhos.
A relação com o companheiro não deu certo, então retornou a Ipirá com seus filhos e filhas, passou a trabalhar de doméstica para garantir o sustento dos filhos.
Quando as filhas cresceram também foram trabalhar em casas de família. Todos estudaram, mas não conseguiram concluir os estudos. Trabalhando em casas de família, aprendeu fazer comidas deliciosas, assim como acarajés e abarás.
Joanna trabalhou em diferentes serviços, lavou roupas de ganho chegando a realizar 12 lavagens por semana, trabalhou tratando fato bovino, de caprino e suíno, congelou comida para clientes em Salvador.
Nos dias vagos, vendia acarajés na Praça Roberto Cintra em Ipirá, quando seu pai adoeceu ela deixou alguns serviços para cuidar dele ,pois, já idoso não poderia ficar sem os cuidados especiais da filha, então ela deixou de vender acarajé e dedicou sua vida para cuidar do seu pai e acompanha-lo nas consultas médicas.
Zelou dele até os últimos momentos de vida, depois que o pai faleceu, Joanna voltou a vender acarajé e este continou sendo seu trabalho.
Dona Joanna gostava tanto do que fazia e fazia com amor. ”Não quero parar, se parar me sinto mal e inútil.”
Infelizmente, em 16 de dezembro de 2021 Joana nos deixou, mas será sempre eternizada na memória de todos Ipiraenses.
Agradecimento: Escola Municipal Albina Cunha Oliveira / Caboronga notícias com informações de Alexandre Barbosa