Uma jovem de 25 anos tentou buscar atendimento médico para um bebê reborn na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guanambi, no sudoeste baiano.

A situação foi contida por uma paciente na área externa da unidade de saúde, que percebeu se tratar de uma boneca e convenceu a jovem a retornar para casa.
A jovem chegou ao local em um carro de aplicativo, carregando a boneca no colo como se fosse uma criança.
Uma senhora, que havia acabado de ser atendida na unidade, percebeu a movimentação e se aproximou. Ao levantar o pano que cobria o rosto da suposta criança, identificou que se tratava de um bebê reborn.
“Era muito realista, mas ao olhar de perto percebi que não era um bebê de verdade. Conheço a família dela, são pessoas dignas. Ela tem problemas de saúde e saiu de casa sem que os familiares soubessem”, relatou a testemunha, que preferiu não se identificar.
O motorista de aplicativo que fez o transporte relatou que, durante o trajeto, a jovem demonstrava preocupação com o estado do “bebê” e pedia urgência.
“Ela dizia que ele estava sentindo muita dor. Só fui entender tudo quando voltamos e fomos recebidos pelos pais e pelo irmão dela, que já aguardavam em frente à residência”, contou.
A família da jovem confirmou que ela enfrenta um quadro de depressão e que adquiriu a boneca há cerca de um mês pela internet, por R$ 2.800. Desde então, ela tem mantido cuidados intensos com o objeto e, segundo os familiares, já está em acompanhamento psicológico.
A UPA de Guanambi, que atende uma média de 200 pessoas por dia, informou por meio de nota que, embora a jovem não tenha chegado a ser atendida formalmente, o fato foi relatado à direção da unidade para registro e acompanhamento.
O caso repercutiu nas redes sociais e chamou atenção para a importância da saúde mental e do acolhimento de pessoas em situações de vulnerabilidade emocional.
Fonte: Agência Sertão / Foto: Reprodução