Justiça torna réu médico que teria empurrado ex-namorada de prédio em Salvador

justiça

Terça, 10 de Agosto de 2021

A denúncia apresentada pelo Ministério Público estadual contra o médico Rodolfo Cordeiro Lucas pela tentativa de homicídio da médica Sattia Lorena Patrocínio Aleixo foi recebida na última sexta-feira (6), pelo juiz Vilebaldo José Pereira. Segundo o MP-BA, com o recebimento, o médico passa da condição de suspeito a réu do processo em que é acusado de cometer o crime de feminicídio na modalidade tentada.

Ainda de acordo com o MP-BA, a condição é em razão de Rodolfo Cordeiro ter praticado agressões físicas contra sua então companheira por razões de condições do sexo feminino, decorrente de violência doméstica e familiar. A médica caiu do 5° andar do prédio em que morava com Rodolfo (relembre aqui).

O pedido de prisão preventiva apresentado pelo promotor de Justiça Davi Gallo não foi avaliado (leia mais aqui).

Segundo a denúncia, no dia 20 de julho de 2020, por volta das 00h30, Rodolfo Cordeiro, após agredir fisicamente sua então companheira Sattia Lorena, empurrou-a na direção da janela do quarto do casal do apartamento residencial situado no 5º andar do Edifício Serra do Mar, no bairro de Jardim Armação.

Conforme o documento, o acusado teria forçado que as mãos da médica que a mantinha dependurada na janela se soltassem, o que provocou sua queda de uma altura de 15,5 metros, causando-lhe graves ferimentos.

O promotor de Justiça Davi Gallo ressaltou que o motivo do crime foi torpe, pois a “ação criminosa foi precedida de ameaças pelo agressor em face da vítima, reiterados momentos antes do desfecho trágico, e as quais decorreram do sentimento de posse e da não aceitação da ruptura do relacionamento pelo agressor”.

Ele complementou, ainda, que a vítima não teve qualquer chance de defesa, pois foi enforcada e agredida pelo denunciado, desvencilhando-se em determinado momento e permanecendo em pé em cima da cama do quarto do casal.

Nesse momento, acuada, teria sido empurrada pela janela e tido suas mãos desprendidas pelo denunciado do local que apoiava quando tentava se segurar, caindo em seguida.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *