Por Daniela Mercier – Sexta, 25 de setembro de 2020
A Lava Jato do Rio denunciou nesta sexta mais cinco pessoas por suspeita de desvios envolvendo entidades do Sistema S (Sesc, Senac e Fecomércio) que motivaram operação no último dia 9. Entre os alvos das acusações está Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro que abrigou em seu escritório no interior de São Paulo Fabrício Queiroz, assessor suspeito no caso das rachadinhas. Além de Wassef, fram denunciados o ex-presidente do Sesc RJ Orlando Diniz, o empresário Marcelo Cazzo e os advogados Luiza Nagib Eluf e Marcia Carina Castelo Branco Zampiron. Todos são acusados de peculato e lavagem de dinheiro, cometidos a partir do desvio de 4,6 milhões de reais das seções fluminenses das entidades.
Na denúncia, o Ministério Público Federal narra que os desvios ocorreram de dezembro de 2016 a maio de 2017 a pretexto de prestação de serviços advocatícios à Fecomércio-RJ. As investigações apontaram, que os serviços não foram prestados ou ocorreram no interesse exclusivo de Orlando Diniz para, por exemplo, a perseguição de adversários pessoais.
Os novos fatos se somam aos reportados na denúncia anterior da Operação E$quema S, que tornou réus dois advogados do ex-presidente Lula, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, e a advogada Ana Tereza Basília, que defende o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), entre outros.
Fonte: El País