O Lesoto, conhecido como o “Reino nas Nuvens”, é um país que, além de sua impressionante geografia montanhosa, guarda uma riqueza cultural que se expressa de maneira vibrante nas artes visuais, na literatura e na música.
O talento artístico basoto se reflete em nomes como Meshu Mokitimi, considerado uma lenda viva com seus desenhos a carvão que retratam a vida cotidiana, Thato Mokhali, autodidata que expõe suas cores e formas em feiras e galerias, e Mathabang Monethi, cujas pinturas modernas unem abstração e símbolos tradicionais.
Na literatura, a tradição oral encontrou forma escrita em grandes autores. Thomas Mofolo, pioneiro, imortalizou-se com Chaka, obra que atravessou fronteiras e se tornou um clássico da literatura africana. Sheila Khala, poeta contemporânea, dá voz à juventude e aos desafios atuais, enquanto Z. D. Mangoaela, no início do século XX, reuniu lendas e poesias de louvor que preservaram a memória do povo basoto.
A música, talvez a expressão mais popular da identidade nacional, também ecoa com força. Tsepo Tshola, o lendário “Village Pope”, levou o som do Lesoto a palcos internacionais, misturando jazz, soul e raízes locais. Morena Leraba, por sua vez, mescla rap, eletrônica e o gênero famo em um estilo inovador, enquanto Maleh encanta com sua fusão de afro-soul e tradições basotho.
Entre montanhas que tocam o céu, o Lesoto encontra na arte, na palavra e no som um modo de afirmar sua identidade. É nesse diálogo entre memória e criação que o país revela ao mundo a grandeza de sua cultura, mostrando que, mesmo pequeno em território, é imenso em expressão.
Fonte: Diplomacia Business / Foto: Reprodução