Após a morte de Gal Costa, no último dia 9 de novembro, o longa “Meu Nome é Gal”, dirigido por Dandara Ferreira e Lô Politi, será revisitado antes de seu lançamento, em 2023. “Esse filme era pra ser uma homenagem a Gal, mas ganhou outra importância, outro significado, mais abrangente”, disse Dandara ao jornal O Globo.
Segundo a codiretora, o filho da cantora, Gabriel, em conversa com o Fantástico, confessou que não tinha ideia da dimensão que a mãe tinha e queria descobrir mais. “Esse precisa ser um filme para o Gabriel e para todos aqueles que se sentem como ele”, disse Dandara.
O filme é protagonizado por Sophie Charlotte e já estava inteiramente filmado quando Gal partiu. A trama acompanha o início da carreira da artista, quando ela sai da Bahia e chega no Rio de Janeiro e, depois, a São Paulo. Ele segue até o início dos anos 1970, quando Caetano Veloso e Gilberto Gil são presos e exilados na Europa.
A produção tinha como ápice o lançamento de “Fa-tal – Gal a Todo Vapor” e deve ganhar um novo desfecho. “A carreira de Gal é muito mais extensa, muita coisa aconteceu ao longo das últimas cinco décadas. A gente precisa encontrar um final que vá pra esse lugar da alegria, de uma música que atingiu muita gente”, reflete Dandara..
“Abrir a câmera? Não é isso. Usar imagem de arquivo? Ainda não sei. Mas, quero trazer coisas que contemplem mais a história dessa mulher”, diz a codiretora, que tinha tido o aval de Gal para o corte final. Umas das mensagens da cantora pedia que fosse um “filme bonito” e determinava que não poderia ser “mais ou menos”.
Foto: Stella Carvalho/Divulgação