Segunda, 8 de março de 2021
Conglomerado aéreo tem pior ano da sua história por causa da pandemia de covid-19. Para 2021, companhia alemã já faz projeção menos otimista do que antes.
A empresa aérea Lufthansa anunciou nesta quinta-feira (04/03) um prejuízo recorde de 6,7 bilhões de euros em 2020 devido ao impacto da pandemia de covid-19. Um ano antes ela havia registrado lucro de 1,2 bilhão de euros.
O conglomerado alemão, que engloba também as subsidiárias Swiss, Austrian Airlines, Brussels Airlines e Eurowings, espera que haja uma retomada no setor de transportes de passageiros em 2021, apesar de prever mais um ano no vermelho.
O ano que passou foi “o mais desafiador na história da empresa”, afirmou o presidente Carsten Spohr durante a apresentação do balanço, em Frankfurt. O setor da aviação passa por uma crise sem precedentes por causa da pandemia.
No ano passado, a Lufthansa foi socorrida com recursos estatais pelos governos da Alemanha, da Suíça, da Bélgica e da Áustria. Foram oferecidos 9 bilhões de euros, dos quais a empresa comunicou ter usado 3,3 bilhões e já devolvido 1 bilhão. Nova ajuda não será necessária, afirmou a direção.
Números em queda e uma boa notícia
Spohr disse que as medidas adotadas por governos para conter o avanço do novo coronavírus levaram a uma queda sem igual na demanda por viagens aéreas.
Em 2020, a Lufthansa operou com apenas 31% da sua capacidade. O número de passageiros chegou a 36,4 milhões, ou 25% do total do ano anterior.
O faturamento caiu de 36,4 bilhões em 2019 para 13,6 bilhões de euros em 2020. A empresa já eliminou 28 mil postos de trabalho e emprega hoje 110 mil pessoas. Dez mil postos de trabalho ainda estão na mira.
A Lufthansa espera retornar neste ano a 40% ou até 50% da oferta anterior de voos. A previsão anterior era de 60%. Um regresso a 90% em relação aos níveis de 2019 só deverá ocorrer em meados da década.
A única boa notícia veio do transporte de cargas, que teve lucro de 772 milhões de euros. No ano anterior, dera lucro de apenas 1 milhão de euros.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) comunicou na semana passada que o tráfego global deverá ficar neste ano entre 33% e 38% do registrado em 2019, uma recuperação mais lenta do que o esperado.
as/ek (Lusa, AFP, DPA, Reuters)
Fonte: DW