Por: Luciana Freire no dia 27 de agosto de 2021 às 15:55
Segundo a Funarte, ficou acertado que haverá um reunião, em breve, entre artistas e dirigentes da instituição para que o destino do acervo seja debatido
Pesquisadores, artistas e instituições variadas enviaram, na última quinta (26), uma carta aberta a Tamoio Athayde Marcondes, presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), em que exigem a adequada preservação do acervo do Centro de Documentação e Pesquisa (Cedoc) mantido pelo órgão.
O documento também solicita a abertura de um diálogo com a sociedade civil para a definição do futuro da valiosa coleção histórica, atualmente em perigo e sob risco de incêndio.
O acervo mantido pela Funarte sofre riscos. Na última semana, o prédio de 13 andares que abriga, no Centro do Rio de Janeiro, cerca de dois milhões de preciosidades da cultura brasileira — e que é tido como a maior coleção histórica sobre teatro na América Latina — foi interditado por tempo indeterminado.
A carta é redigida por pesquisadores do Grupo de Pesquisa História do Teatro Brasileiro, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio); assinada por mais de 200 nomes da cena artística, como Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg, Marieta Severo, Ary Fontoura, Juca de Oliveira, Marco Nanini, Renata Sorrah, Denise Fraga, Fulvio Stefanini, Renato Borghi, Walcyr Carrasco, Fabio Porchat, Paulo Betti, Zélia Duncan, Patrícia Pillar, entre outros.
Nesta sexta (27), o grupo recebeu uma resposta da Funarte, algo avaliado pela própria classe artística como um retorno aparentemente “rápido e animador”. Segundo a Funarte, a instituição agirá “sempre em prol da execução das políticas públicas no interesse de todos”. Oficialmente, ficou acertado que haverá um reunião, em breve, entre artistas e dirigentes da instituição para que o destino do acervo seja debatido.
. Fonte: Metro 1