NFL 2023/24: Jessie Bates III, do Atlanta Falcons, respira com máscara de oxigênio em jogo contra o New Orleans Saints — Foto: Todd Kirkland/Getty Images

Máscara de oxigênio, comum na NFL, acelera recuperação física; entenda

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Fisiologistas do exercício, Turibio Barros e Gerseli Angeli explicam efeitos de respirar oxigênio puro na recuperação de atividades intensas

Morando nos Estados Unidos, aprendemos a gostar ainda mais do futebol americano e, nesta época do ano, a televisão brasileira também permite que nós acompanhemos a fase final da NFL. Para quem, como nós, se identifica com o jogo e suas complexas regras, cada partida dessa fase é um espetáculo à parte, com estádios absolutamente lotados e um verdadeiro show de tecnologia – tanto na transmissão -, assim como em toda infraestrutura que cerca o evento.

Em um torneio que movimenta bilhões de dólares, tudo de mais moderno em relação às ciências do esporte é aplicado em benefício do melhor desempenho dos atletas. Neste contexto, observamos uma prática que não é muito comentada, mas que algumas tomadas das câmeras de televisão acabam registrando. Atletas que estão no banco e que acabaram de sair de um momento de atividade intensa, mas que vão voltar ao jogo logo em seguida, descansam respirando oxigênio com uma máscara facial.

Essa prática, podemos dizer, é até pouco pesquisada nas ciências do esporte, mas encontramos alguns estudos a respeito. O benefício dessa respiração é acelerar a recuperação, na medida em que o oxigênio puro inspirado vai metabolizar mais rapidamente o ácido láctico acumulado imediatamente antes, tornando o processo mais veloz.

As regras do futebol americano – com constante alternância dos atletas em campo – contemplam a eficácia dessa intervenção. Entretanto, podemos imaginar sua aplicação em várias outras modalidades esportivas; no futebol, poderia ser interessante que os atletas respirassem oxigênio no vestiário no intervalo dos jogos. É claro que precisamos de mais estudos a respeito, mas as bases fisiológicas para um eventual benefício existem e estão documentadas cientificamente.

Referências:

  • MALLETTE, Matthew; STEWART, Desmond; CHEUNG, Stephen. The Effects of Hyperoxia on Sea-Level Exercise Performance, Training, and Recovery: A Meta-Analysis.

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ge / Eu Atleta.

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Fonte: GE