Aos 23 anos, atacante é a referência no ataque da França e participou diretamente de sete dos 13 gols da equipe no Mundial
A classificação da França à final da Copa do Mundo de 2022 pela segunda edição consecutiva traz à tona um personagem principal: Kylian Mbappé que, aos 23 anos, tem a oportunidade de fazer história no futebol.
Destaque da seleção de Didier Deschamps neste Mundial, o atacante do Paris Saint-Germain é a referência no ataque para desbancar Messi e a Argentina na decisão após a vitória sobre Marrocos por 2 a 0.
Os números do atacante falam por si. Em seis jogos nesta Copa, Mbappé participou diretamente de sete dos 13 gols. Além dos cinco marcados, que o colocam como artilheiro ao lado de Messi, o jogador também acumula duas assistências nestas partidas.
Na vitória sobre Marrocos, na semifinal, ainda que não tenha marcado, participou da jogada do primeiro gol, no qual o rebote de sua finalização resultou no gol de Theo Hernández, e do segundo, em que seu chute sobrou nos pés de Kolo Muani.
Mbappé é a referência no ataque da França, ainda mais do que há quatro anos. Apesar de Giroud ser o centroavante titular, o ataque da seleção passa diretamente pela influência do jogador. Ele é líder de finalizações no elenco, com 20, uma média de quatro por jogo. Entre todos os jogadores da Copa, o francês fica atrás apenas de Messi, que lidera a estatística nesta edição, com 27 chutes.
Apesar de ser o “jogador terminal” nas jogadas de ataque francesas, Mbappé também tem influência no setor criativo da seleção. Entre os atacantes, ele é o que mais deu passes nas primeiras seis partidas: 135, à frente de Dembelé, ponta-direita, e de Olivier Giroud.
Além de promover jogadas de passe no ataque, Mbappé é quem mais se oferece e cria oportunidades de jogo no ataque da França.
No mata-mata, contra Polônia e Inglaterra, o atacante foi o jogador do elenco francês que mais buscou espaço para as jogadas. Nessas duas partidas, Mbappé criou oportunidades para receber a bola em 148 momentos. Destes, os armadores franceses o encontraram 59 vezes – uma média de 29 jogadas concluídas por jogo.
Theo Hernández, que assumiu a titularidade após a lesão de seu irmão, Lucas, é quem mais troca passes para Mbappé nas partidas. Contra a Inglaterra, 3% de todos os passes da seleção francesa foram do lateral para o camisa 10.
Dribles
Na ponta-esquerda, Mbappé se utiliza dos dribles para movimentar o jogo pelo ataque.
Deschamps repete a relação do camisa 10 com Giroud e Griezmann, com a adição de Dembelé pelo lado direito. Nessa tática, Mbappé impõe velocidade e habilidade pela ponta-esquerda, rompendo a primeira linha de bloqueio do adversário.
Nestes seis jogos da Copa, Mbappé tentou 23 dribles, concluindo 14 destes. É o jogador que mais se utilizou deste recurso na Copa, a frente de Messi, Neymar e Vinícius Junior, e é a sua principal arma e característica no ataque francês.
O recurso de Mbappé é importante para quebrar essas linhas de defesas adversárias. Contra a Polônia, partida em que marcou dois gols e foi eleito melhor jogador em campo, tentou superar esse bloqueio conduzindo a bola em seis oportunidades. Ao todo, foram 16 jogadas do tipo no Mundial, uma média de cinco por jogo.
A final do Mundial no Catar terá, pela segunda vez, um encontro entre Messi e Mbappé, companheiros no Paris Saint-Germain, em Copas. Na Rússia, há quatro anos, o duelo terminou com a vitória francesa por 4 a 3 nas oitavas de final. Mbappé dominou o jogo na ocasião, com dois gols e um pênalti sofrido.
Quatro anos depois, no Catar, os jogadores dividem os holofotes em campo. Nas principais estatísticas – finalização, dribles e gols -, Messi e Mbappé aparecem na primeira e segunda colocação, por vezes dividindo a liderança. No caso da artilharia, a final pode definir o vencedor da chuteira de ouro. Eles chegam à decisão empatados, com cinco gols cada.
Fonte: CNN Brasil