MEC celebra 1 ano do PartiuIF com 650 novas turmas para 2026

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Programa tem como objetivo ampliar o acesso ao ensino médio integrado à educação profissional por estudantes de grupos prioritários que estejam cursando o 9º ano do ensino fundamental em escolas públicas

Instituído pelo Ministério da Educação (MEC) em 2024, o Programa Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades para acesso de estudantes da rede pública de ensino à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Partiu IF) completa nesta terça-feira, 2 de dezembro, um ano de atuação, transformando a realidade de adolescentes como Kaylaine dos Santos, de 14 anos. “O programa me fez sentir acolhida em todos os aspectos. O ensino é ótimo, o lanche, o convívio… Sinceramente? Foi a melhor coisa que já fiz”, ressaltou a estudante. 

O programa tem como objetivo o enfrentamento das desigualdades étnico-raciais na educação por meio da oferta de aulas e atividades voltadas à recuperação das aprendizagens de estudantes, com foco nas particularidades que podem afetar alunas e alunos do 9º ano que cursaram integralmente o ensino fundamental na rede pública de ensino. O público da política é definido pela Lei de Cotas (Lei nº 14.723/2023): estudantes negros, quilombolas, indígenas, que tenham deficiência ou renda familiar por pessoa de até um salário mínimo. 

De acordo com o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), esses adolescentes enfrentam desigualdades raciais e sociais no aprendizado de matemática, língua portuguesa e ciências da natureza — um cenário que dificulta o ingresso no ensino técnico. O intuito do Partiu IF é que estudantes da rede pública, especialmente aqueles em situação de maior vulnerabilidade, acessem a educação de excelência oferecida pela Rede Federal, ao reduzir desigualdades de aprendizagem nesses componentes curriculares do ciclo básico e enfrentar os impactos da pandemia da Covid-19. A carga horária total é de 320 horas.   

Além disso, o curso oferece formação suplementar, com acompanhamento psicopedagógico, orientação acadêmica e oficinas de redação. Para Miguel Falcão, de 15 anos, o apoio dos educadores fez toda diferença: “Gostei da forma que os professores tratam a gente. Tem alegria, bom humor, um sorriso no rosto, e os aprendizados são de qualidade, o que dá mais ainda vontade de estudar”.   

Os alunos matriculados recebem uma bolsa de R$ 200 por mês, durante oito meses — o pagamento da ajuda de custo para permanência é feito pelas instituições após o início dos cursos.    

Planejado para ser oferecido anualmente, em 2025 o programa teve investimento de R$ 115 milhões, com a oferta de 26 mil vagas para estudantes do 9º ano do ensino fundamental. Até 2027, o Partiu IF deverá beneficiar 78 mil estudantes, com um investimento total de R$ 463 milhões.    

A edição de 2026 terá 650 turmas espalhadas pelo Brasil, com a ocupação total da capacidade de vagas disponíveis para o novo ciclo. Na quarta-feira (3), o MEC divulgará a lista detalhada dos institutos federais que farão parte do programa no próximo ano e a quantidade de vagas que estarão disponíveis por estado. 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) / Foto: João Stangherlin


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