Jéssica Otoboni, da CNN, em São Paulo23 de setembro de 2020
A polícia cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em três residências e nove empresas em Minas Gerais nesta quarta-feira (23). A ação, com apoio de outros estados, investiga crimes cometidos durante a execução das obras da Cidade Administrativa (sede do governo mineiro).
O material apreendido foi encaminhado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Belo Horizonte, onde será examinado.
As companhias investigadas são suspeitas de fornecer recursos destinados ao pagamento de propina a agentes políticos e públicos, além de atuar com lavagem de dinheiro.
Os operadores suspeitos teriam gerido os recursos ilícitos, atuando na distribuição da propina e na lavagem de dinheiro, segundo a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte e o Gaeco.
As informações sobre os suspeitos foram obtidas em acordos de colaboração premiada firmados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Com base nessas informações, a polícia descobriu que os fatos ocorreram entre 2007 e 2010, na gestão do então governador Aécio Neves (PSDB).
Dois mandados de busca e apreensão também foram emitidos para duas empresas na cidade de Osasco, em São Paulo, e na capital paulista. Elas são investigadas e acusadas de lavagem de dinheiro, cartel, corrupção, fraude e licitação durante a construção da Cidade Administrativa.
Se condenados, os envolvidos podem responder pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.
A ação de hoje é realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte e do Gaeco. Ela conta com o apoio da Polícia Militar e Civil de MG, da Secretaria de Fazenda de MG (SEF/MG), dos Gaecos do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e do Rio de Janeiro (MPRJ), e da Polícia Civil de São Paulo.
(Com informações de Carolina Abelin, da CNN, em São Paulo)
Fonte: CNN Brasil