Depois de o secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates, criticar os critérios de distribuição utilizados pelo Ministério da Saúde para enviar doses de vacina contra Covid-19 aos estados e municípios, a pasta federal da saúde afirmou utilizar critérios técnicos para realizar o rateio das doses.
Segundo o ministério, de acordo com as entregas realizadas pelos laboratórios, reuniões semanais definem a forma de distribuição. “O Ministério da Saúde reforça que o cálculo de distribuição de vacinas é baseado na população-alvo da campanha e as doses são enviadas de forma proporcional e igualitária para todos os estados e Distrito Federal. Semanalmente, a pasta coordena reuniões tripartites, entre União, estados e municípios, para definir a estratégia de vacinação e o percentual que deve ser usado como primeira e segunda dose, a partir das entregas feitas pelos laboratórios. Vale ressaltar que a recomendação da pasta é para que os gestores locais do SUS sigam à risca as orientações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, para completar o esquema vacinal de todos os grupos”, diz a íntegra da nota enviada ao Metro1.
Em entrevista à Rádio Metropole na manhã desta terça-feira (15), o secretário afirmou discordar dos critérios. “Já que 25 capitais já adotaram o critério (de vacinação) por idade, a distribuição de doses deveria ser pela proporção da população. Tem capital que está com 69,7% da sua população imunizada enquanto Salvador está com 45,2% e é hoje a terceira capital que mais vacina no país”, disse o secretário. “Ontem mesmo o Ministério da Saúde assumiu que mandou mais doses para São Luís, por exemplo”, comentou.
Léo Prates ainda cobrou uma reparação dessa desigualdade, sugerindo que haja uma interrupção momentânea do fornecimento de doses em capitais que estejam com a vacinação em um patamar mais avançado. “A minha defesa, junto a outros secretários de capital, é que a distribuição seja proporcional à população. E aqueles municípios que receberam a mais seja abatido nos próximos lotes até que toda população esteja no mesmo patamar”.
Fonte: Metro 1