Nesta terça-feira (16), grupo fechou a pista e colocou fogo em pneus, provocando congestionamento no sentido para Camaçari.
Moradores do Jardim das Margaridas, em Salvador, protestaram na manhã desta terça-feira (16) e pediram reparos em uma obstrução da pista da rodovia estadual, também conhecida como Estrada CIA-Aeroporto. Segundo a comunidade, esse entupimento provoca alagamentos nas casas e condomínios da região.
O grupo fechou a pista e colocou fogo em pneus, provocando congestionamento no sentido para Camaçari. Com cartazes e um estudo feito pela Prefeitura de Salvador em mãos, os moradores cobraram da Concessionária Bahia Norte – responsável pela rodovia – o reparo necessário.
“Esse problema tem 14 anos. O ano passado nós lutamos, agora estamos lutando de novo. Essa pista é da Bahia Norte. Há um estudo da prefeitura, que nós cobramos, que mostra que há uma obstrução, só que a Bahia Norte não resolve, não deixa a prefeitura resolver, e não nos atende. Nós só queremos que pare de alagar”, disse um morador identificado apenas como Peninha.
“Eu perdi um carro em 2022, porque entrou água no motor. A gente pede encarecidamente, às pessoas da Bahia Norte, que deem atenção à gente. Estamos sendo prejudicados”.
A reportagem entrou em contato com a Concessionária Bahia Norte, que informou que se esforça para atenuar os impactos causados pelo volume das chuvas e que faz a limpeza da área, para ampliar a capacidade de escoamento da água pluvial.
Disse ainda que a construção de empreendimentos comerciais e residenciais na região tem mudado a configuração do espaço, o que interfere com o direcionamento da água da chuva, impactando na vazão e escoamento.
Por volta de 07h50, funcionários da Bahia Norte apagaram as chamas, com apoio da Polícia Militar, e iniciaram a desobstrução da pista e o trânsito começou a fluir. Por conta da retenção, o engarrafamento de veículos chegou até a Avenida Paralela.
Prejuízos
A comunidade alega que os alagamentos provocados pelo entupimento prejudicam cerca de três mil pessoas, entre moradores, donos de empresas no local e trabalhadores. Cinco condomínios residenciais são afetados.
“Ficamos ilhados, é intransitável. Um lado alaga igual a um mar, e do outro lado já está entupindo também, porque muitos condomínios estão sendo construídos”, descreveu uma das moradoras identificada como Marli.
Na última semana, um dos condomínios foi totalmente tomando pela água e o alagamento atingiu diversas casas Travessa Acalanto, levando prejuízos aos moradores. Nos últimos anos, diversos estragos foram registrados na mesma região.
Fonte: G1 Bahia