Moraes manda governador do RJ prestar esclarecimentos sobre operação

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Na decisão, Moraes destaca que ‘o governador deverá apresentar as informações de maneira detalhada na audiência designada’

Por Juliana Dal Piva e Igor Mello – Quarta, 29 de outubro de 2025

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (29) que o governador do Rio de Janeiro apresente informações detalhadas sobre a operação policial realizada em 28 de outubro nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense.

A ação, segundo o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), foi a mais letal da história do estado. O órgão acionou o STF após o episódio, citando possíveis violações de direitos humanos e descumprimento de decisões anteriores da Corte sobre o uso da força policial.

Na decisão, Moraes destaca que “o governador deverá apresentar as informações de maneira
detalhada na audiência designada”. O ministro cobra um relatório completo, incluindo:

  • justificativa formal para a ação e para o uso do grau de força empregado;
  • número de agentes envolvidos, mortos, feridos e detidos;
  • uso de câmeras corporais e em viaturas;
  • preservação do local para perícia e atuação das corregedorias;
  • medidas de assistência às vítimas e suas famílias.

Moraes também determinou que o governador e autoridades de segurança do estado participem da audiência no dia 3 de novembro, no Rio de Janeiro. Estão convocados o secretário de Segurança Pública, o comandante da Polícia Militar e o delegado-geral da Polícia Civil.

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Corpos no chão após chacina nos complexos do Alemão e da Penha, Rio de Janeiro

A decisão ocorre no âmbito da ADPF 635, conhecida como “ADPF das Favelas”, na qual o STF já havia imposto ao Rio de Janeiro um conjunto de medidas estruturais para reduzir a letalidade policial, incluindo o uso obrigatório de câmeras em fardas e viaturas, preservação de cenas de crime e transparência nos dados sobre operações.

O ministro Alexandre de Moraes destacou que o Estado deve seguir essas determinações e adotar protocolos para evitar novas ações com alto número de mortes.

Fonte: ICL Noticias

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