Museu de Arte Moderna da Bahia celebra centenário de Rubem Valentim com lançamento de livro biográfico

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A programação criada pelo Museu de Arte Moderna (MAM-Bahia) para comemorar o centenário de nascimento de Rubem Valentim (1922-1991) ganha mais um momento especial nesta terça-feira (20) com o lançamento de “Sagrada Geometria”, considerada a maior e mais completa biografia do artista plástico baiano. 

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Com 292 páginas, capa dura colorida, em formato 21 x 27cm e com versões português/inglês, a obra será apresentada em um evento, no Espaço Rubem Valentim do MAM-Bahia, e contará com palestra ilustrada do seu autor, o artista, curador e pesquisador paraense Bené Fonteles, a partir das 17h.

“Para o museu é uma honra receber um artista e pesquisador como Bené Fonteles, lançando uma obra que já é considerada uma referência nos estudos sobre o nosso conterrâneo Valentim”, destaca o diretor do MAM, Pola Ribeiro.

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Bené foi um amigo muito próximo de Valentim e acompanhou por duas décadas o trabalho desse artista. A publicação é ricamente ilustrada por cerca de 100 obras do artista, entre pinturas, desenhos e seus ‘objetos’ com pintura sobre madeira, pertencentes a acervos de importantes museus do Brasil e do exterior e coleções privadas.

Apresenta ainda um ensaio fotográfico de Christian Cravo e textos de importantes críticos, pesquisadores e personalidades brasileiras e estrangeiras sobre Valentim, como Ferreira Gullar, Giulio Carlo Argan, Mário Pedrosa, Theon Spanudis, Roberto Pontual, Clarival do Prado Valladares, Antônio Bento, Frederico Morais, Alberto Beuttenmüller, Iordan Chimet, Olívio Tavares de Araújo, Emanoel Araújo e Paulo Herkenhoff.

O Espaço Rubem Valentim, onde acontecerá o lançamento do livro, foi reinaugurado pelo MAM no final de novembro deste ano, comemorando o centenário de nascimento de Valentim e encerrando as programações do museu em homenagem a ‘Semana de Arte Moderna de 1922’. O local abriga o conjunto Templo de Oxalá, doado pela esposa do artista, Lúcia Alencastro, em 1997, considerado a mais emblemática realização da carreira de Valentim.

O artista completaria 100 anos em novembro, por isso a escolha do MAM em reinaugurar o Espaço agora. Soteropolitano, nascido em 1922, começou sua trajetória nos anos 1940 como pintor autodidata e participou dos movimentos de correntes modernas da arte baiana, ao lado de Mario Cravo Júnior, Carlos Bastos e Sante Scaldaferri, dentre outros. 

Desde os anos 1950, iniciou pesquisa relacionada às matrizes africanas, sobretudo sobre símbolos e ferramentas dos Orixás. Em 1966, participou do Festival Mundial de Artes Negras no Senegal. Tem uma escultura em concreto na Praça da Sé de São Paulo e o ‘Templo de Oxalá’ foi um dos grandes destaques da 16ª Bienal Internacional de São Paulo (1977).

Fonte: Alô alô Bahia

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