Na COB Expo, jornalistas debatem papel da assessoria de imprensa nas entidades esportivas

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Novas ferramentas vão transformando a comunicação corporativa

A comunicação está mudando rapidamente e as entidades esportivas seguem se adequando às novas ferramentas para disseminar suas mensagens. Nesta terça-feira, dia 26, a COB Expo foi palco de um interessante painel que discutiu o atual papel da assessoria de imprensa nas entidades e confederações olímpicas.

Jornalistas experientes que estão à frente das estratégias de comunicação das entidades esportivas debateram os novos rumos da comunicação. A mesa foi composta por Paulo Conde, diretor de Comunicação do COB, Elisa Lopez, gerente de Comunicação da CBV, Lara Monsores, assessora de comunicação da CBJ, e Samy Vaisman, responsável pela gestão de comunicação de atletas como Rebeca Andrade, Rafaela Silva e Anderson Varejão, além da NBA Brasil. O debate foi mediado pelo jornalista Tiago Maranhão.

“O conceito de assessoria de imprensa já caiu em desuso. Hoje ele é um produtor de conteúdo, é um relações públicas, alguém que faz gestão de crise, que cuida do canal de streaming, enfim faz tudo. Então, a versatilidade deste profissional vai muito além de apenas assessorar a imprensa. Hoje o canal é direto e o papel do assessor de imprensa vai muito além. São muitas as atribuições em cima do profissional de comunicação. Hoje as grandes marcas, os clubes e entidades tem equipes robustas que produzem seu próprio conteúdo. É uma mudança de panorama”, considera Paulo Conde, que antes de assumir a direção de comunicação do COB passou pela TV Globo, Folha de SP e Lance.

A velocidade com que a comunicação vem se transformando é um grande desafio para as entidades. “É um desafio constante porque as mudanças são muito rápidas, mas o ambiente digital nos dá um trunfo muito grande. Por isso, apostamos muito nos bastidores e procuramos humanizar cada vez mais a divulgação, contar a história por trás do atleta. Nosso objetivo é buscar formas de criar um diferencial para o veículo de imprensa”, detalhou Elisa Lopez, jornalista com passagens pelas redações do Lance, Globoesporte.com e Sportv, e há quase 20 anos dedicada à comunicação corporativa. Ela passou pelos Comitês Rio 2007, Rio 2016 e está em sua segunda passagem pela CBV. 

Responsável pela comunicação da Confederação Brasileira de Judô há dez anos, Lara Monsores apontou a importância de dar voz aos atletas para construção de uma narrativa positiva para sua modalidade. “Ao longo do ciclo olímpico a gente busca pontos de contato com os fãs. O que a gente investe é na cobertura quente. Produzimos muito conteúdo. No ambiente digital, usamos os atletas como principais porta-vozes. O segredo é usar o atleta como protagonista das mensagens”, destacou Lara que antes da CBJ possou pelo Esporte Interativo, Estado de S. Paulo e InPress Media Guide.

O debate rendeu muitas histórias sobre gestão de comunicação e situações em que o assessor de comunicação teve que atuar para gerenciar crises. Samy Vaisman, sócio-diretor da agência de comunicação MPC Rio, que tem como expertise o segmento de esportes, revelou um caso com o ex-jogador de basquete Nenê, que teve um tumor diagnosticado e no momento de divulgar para a imprensa recebeu uma informação incorreta de um membro da equipe do atleta e a repassou aos jornalistas. O profissional que já trabalhou em veículos como Jornal dos Sports e Diário LANCE e em algumas das principais agências de assessoria de comunicação do país precisou alinhar o discurso com o seu cliente para retomar o controle da narrativa. Ele também considera que o momento é de transição no papel do assessor de imprensa. 

 “A Comunicação mudou muito. Por conta dessas mudanças temos que nos adaptar e antecipar as necessidades para atender a todos”, observou Samy Vaisman.

Fonte: COB

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