terça-feira, 11/02/2025 – 00h00
Por Gabriel Lopes
Um dos assuntos que têm movimentado Brasília desde a última semana é a perspectiva de uma fusão ser concretizada entre PSDB e PSD. Com as conversas ainda enfrentando resistência, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, indicou que deve travar a gestação da ideia e apontou que o caminho a ser seguido pelos tucanos é o da incorporação partidária. Uma das figuras ativas nas articulações é o baiano Adolfo Viana, deputado federal que, além de ser presidente da federação PSDB/Cidadania na Bahia, é líder da bancada na Câmara.
Ao Bahia Notícias, o parlamentar indicou que seu partido não tem limitado conversas sobre uma possível fusão apenas com o PSD. De acordo com Viana, o diálogo tem se afunilado com legendas como o MDB, Republicanos e o Podemos, em consonância com o discurso adotado desde a virada do ano pelo presidente nacional da sigla, Marconi Perillo.
“Na verdade, o PSDB tem conversado muito com o PSD, com o MDB. A gente vai iniciar agora novas conversas com o Republicanos e com o Podemos. É uma decisão que requer muita atenção e por esse motivo o partido está usando toda a sua executiva nacional para sentar e ouvir com atenção o que cada partido desse tem a dizer para que a gente possa futuramente estar fazendo uma fusão com um desses partidos de centro”, disse o deputado.
Inicialmente a ideia é que a definição ficasse ainda para o mês de fevereiro. No entanto, o martelo só deve ser batido a partir do mês de março. Isso porque as costuras demandam negociações diretas sobre espaços que seriam ocupados pelo PSDB no caso de uma fusão, a exemplo da disputa eleitoral de 2026 e casos específicos de alianças em alguns estados.
Durante a conversa com a reportagem, Adolfo também reforçou que a decisão é tomada de cima para baixo e que o principal fator a ser levado em conta pela executiva dos dois partidos é o acordo nacional.
“Essa é uma decisão que não passa pelos estados. Aliás, passa, mas a decisão vem de cima para baixo. Sem dúvida nenhuma, se a gente for conversar no nível local. Se for com o PSD, é com Otto Alencar, Angelo Coronel e os deputados federais. Se for com o MDB, é com o Lúcio e Geddel [Vieira Lima]. Se for com o Podemos, a gente vai tratar com o Raimundo da Pesca. E se for com os Republicanos, com o bispo Márcio Marinho. Mas eu volto a dizer que essa é uma conversa que é feita entre os presidentes dos partidos a nível nacional”, acrescentou.
Caso os tucanos aceitem a sugestão de seguir com uma incorporação e não uma fusão, o PSDB deixaria de existir enquanto sigla.
Fonte: Bahia Noticias / Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias