No Dia Internacional da Mulher, CBF regulamenta futebol misto no Brasil

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Ação visa ampliar o alcance do futebol feminino em competições amadoras por todo o país

Na última quarta 8 de março foi celebrado o Dia Internacional da Mulher. E essa foi a data escolhida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para divulgar uma novidade foca em promover a igualdade de oportunidades no futebol.

A partir de dali, todas as competições amadoras no Brasil poderão ser mistas. Dessa forma, as atletas poderão integrar equipes masculinas ou até mesmo podemos ter times formados apenas por mulheres participando de competições masculinas. Isso vai depender de cada entidade organizadora.

Conforme divulgado pela CBF, essa regra vale para todas as categorias amadoras, desde a iniciação esportiva até o futebol amador adulto.

Impacto da mudança no futebol feminino

“Com esta mudança, pretendemos democratizar e massificar a prática do futebol pelas atletas, removendo barreiras para o surgimento e o desenvolvimento de novos talentos. A CBF tem investido muito nas Seleções e nas competições femininas de alto rendimento, que contam hoje com um calendário de competições nacionais a partir da categoria Sub-17. O topo da pirâmide está relativamente bem estruturado, mas assentado sobre uma base frágil”, afirmou o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que assinou a regulamentação nesta quarta-feira por meio de uma Resolução da Presidência.

“É importante destacar que o futebol misto trabalha com a massificação e a inclusão. Faltam equipes e, sobretudo, competições amadoras em nível local e regional nas primeiras categorias de iniciação e formação desportiva, como a Sub-10, Sub-12, Sub-14. Acredito firmemente que a regulamentação do futebol misto ajudará a corrigir este problema, incentivando a participação de milhares de jogadoras em equipes e competições mistas. Com o tempo, o aumento no número de atletas registradas também poderá levar à criação de equipes e competições exclusivamente femininas nas categorias mais jovens”, acrescentou o dirigente.

Pia Sundhage aprova mudança

“Eu tive sorte porque quando eu era criança, eu jogava futebol com meninos. Isso não tem nada a ver com meninos ou meninas, e sim com o futebol. Se nós conseguirmos criar espaços onde se pratica o esporte, não importa se é uma menina ou menino. É uma oportunidade muito grande para todos nós que jogamos futebol”, parabenizou Pia Sundhage, técnica da seleção principal feminina.

Alteração não impacta nas competições de futebol feminino

Um fato importante é que a possibilidade de competições com participantes mistos se aplica apenas ao futebol masculino. Dessa firma o futebol feminino segue exclusivo para as atletas.

Vale citar que outros países, como França e Alemanha já têm competições mistas. Na Inglaterra isso se aplica até o sub-18, enquanto na Holanda e Dinamarca não existe distinção de idade.

Mais informações da mudança aplicada pela CBF

Além de oficializar a prática do futebol misto em competições de caráter amador, a CBF inovou ao instituir o “Mecanismo de Dispensa Etária do Futebol Misto” (MDE).

Por meio deste instrumento, atletas e equipes femininas de uma determinada categoria poderão participar de competições mistas em uma faixa etária inferior. Por exemplo, meninas com até 17 anos (Sub-17) podem ser autorizadas a participar de competições mistas, com meninos de até 13 anos (Sub-13), a critério da entidade organizadora que utilizar o MEC como referência no regulamento específico de suas competições.

A implementação do mecanismo tem o objetivo de promover a igualdade de oportunidades para as jovens atletas, compensando diferenças no desempenho inerentes ao processo de maturação biológica e às especificidades de cada sexo, especialmente com o início da puberdade.

A partir de agora, a CBF fará campanha pela adoção do futebol misto e do mecanismo de dispensa etária nas competições organizadas pelas Federações filiadas e ligas amadoras, assim como por todos os entes governamentais, como, por exemplo, as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e de Esporte, os gestores de escolas públicas e privadas e os organizadores de competições amadoras no âmbito do desporto educacional e de participação.

Fonte: Torcedores.com

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