Por Rodrigo Santana (Portal Ipirá City) – Sexta, 7 de janeiro de 2022
O físico Albert Einstein escreveu que: “Deus não joga dados com o universo”, todavia se fizermos uma análise do livro de Gênesis é possível que se extraia a seguinte impressão de leitura:
E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.
E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.
Se Deus não joga dados com o universo como formulou o físico Albert Einstein por que em todas estas criações citadas acima, Ele só percebeu que era bom depois de ter criado? Essa frase: “E viu Deus que era bom” deixa subentendido que Ele não sabia de antemão qual seria o resultado das suas criações, ou seja, com base nessa premissa a onisciência divina pode ser posta em discussão, pois havia a possibilidade de que o que Ele estava criando ser algo ruim.
Rodrigo Santana Costa é professor e escritor ipiraense. Publicou a obra: “Clarecer” em verso e prosa.