No Carnaval de 2023, o Olodum pretende resgatar a história do instrumento que eternizou a banda para o mundo. O tema do grupo é Tambores: A Batida do Coração – Caminhos da Eternidade, que fará uma homenagem mais específica aos tambores de Ghana e à cultura dos povos Ashanti.

De acordo com a assessoria do grupo, serão homenageados mulheres e homens percussionistas, evidenciando a importância dos tambores e da conexão entre ancestralidade e expressão da subjetividade, e do Pelourinho como espaço sagrado do coração do Olodum.
Em outros anos, o bloco que já homenageou países da África e as mulheres, com temas como Deusas das Águas – rios, lagos e mares (2018), As Duas Histórias – O Perfume das Rosas e Olodum 40 Anos (2019) e Mãe, Mulher, Maria, Olodum – Uma História das Mulheres (2020).
O Olodum irá desfilar na sexta-feira (17) no Pelourinho e, na sequência, no Campo Grande. No domingo (19), o grupo se apresentará no circuito Barra-Ondina, com o terceiro lote ainda disponível na Central do Carnaval.
O bloco foi criado em Salvador no Maciel – como era chamado o Pelourinho – por um grupo de moradores em 25 de abril de 1979, numa época em que este bairro era marginalizado e discriminado pela população baiana. No início, os foliões do Olodum eram apenas moradores do Pelourinho, que tinham como objetivo celebrar a herança cultural africana.
Foi a partir da década de 80 que o Olodum se tornou uma Organização não Governamental (ONG) do movimento negro brasileiro e desenvolve ações de combate à discriminação racial, estimula a autoestima e o orgulho dos afro-brasileiros, defendendo a luta dos direitos humanos na Bahia-Brasil.
Fonte: Alô alô Bahia