ONU discute segurança de civis, jornalistas e médicos na Ucrânia

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) discute a segurança de civis, jornalistas e profissionais de emergência (médicos, enfermeiros e bombeiros) na Ucrânia. Os embaixadores discutem possíveis resoluções contra a Rússia por supostos ataques e agressões contra esses grupos.

Na reunião ocorre na tarde desta quarta-feira (23/3). A Assembleia Geral também discute punições ao país. Nos últimos dias, relatos de sequestro de jornalistas, por exemplo, foram divulgados por agências internacionais de notícias.

Antes, na sessão emergencial da Assembleia Geral, o embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, defendeu que o país está “utilizando todos os recursos diplomáticos” para solucionar a situação na Ucrânia.

“Começamos essa operação especial para parar com os ataques contra civis na região de Donbas há 8 anos. Nossos colegas ocidentais têm apontado o dedo para a Rússia sem olhar para a população da região de Donbas”, frisou.

O embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, pediu aos colegas o fim imediato das hostilidades russas.

O documento também lamenta as terríveis consequências humanitárias desde a invasão da Rússia e reafirma o compromisso com a soberania da Ucrânia e suas fronteiras internacionalmente reconhecidas.

“Amanhã marca um mês desde a invasão. Um mês desde que a vida dos ucranianos foi dividida em duas partes. Um passado pacífico e o agora, cheio de guerra, sofrimento, morte e destruição”, lamentou.

Zelensky

Com o país ameaçado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a pedir mais armas e equipamentos de defesa ao Ocidente.

Em discurso para a Assembleia da França, Zelensky pediu ajuda ao citar crueldades russas em território ucraniano. “A Europa não via, há 80 anos, o que está acontecendo na Ucrânia”, salientou.

Um dia antes da reunião de cúpula, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou que está preparando novos grupos de batalha na Europa Oriental para impedir a Rússia de atacar qualquer um dos membros da aliança militar.

Cada grupo terá 1,5 mil soldados. Essas tropas serão enviadas para Hungria, Eslováquia, Romênia e Bulgária.

Com o recrudescimento da guerra, o presidente americano, Joe Biden, viaja à Europa. O norte-americano participará da reunião emergencial da Otan na quinta-feira. Será a primeira visita de Biden ao continente após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Fonte: Metrópoles