Sábado, 29 de novembro de 2025
Grupo movimentou mais de R$ 70 bilhões em apenas um ano, por empresas próprias, fundos de investimento e offshores em paraísos fiscais
A megaoperação que teve como alvo o Grupo Fit, deflagrada nesta quinta-feira (27) por uma força-tarefa de combate à sonegação fiscal e à lavagem de dinheiro, resultou na apreensão de mais de R$ 2 milhões em espécie em dois endereços da cidade de São Paulo.
Em Campinas, no interior do estado, também foram encontrados oito sacos plásticos com esmeraldas em uma empresa. Cada pacote foi estimado em cerca de R$ 11 mil, e um laudo técnico confirmou que o material se tratava de esmeralda bruta.
A força-tarefa — composta por promotores de Justiça, auditores fiscais e policiais — cumpriu mandados de busca e apreensão contra 190 pessoas e empresas suspeitas de integrar um esquema de sonegação e lavagem de dinheiro ligado ao Grupo Refit, antiga refinaria de Manguinhos, sediada no Rio de Janeiro.
Segundo a Receita Federal, o grupo movimentou mais de R$ 70 bilhões em apenas um ano, utilizando empresas próprias, fundos de investimento e offshores em paraísos fiscais para ocultar lucros e protegê-los de fiscalização.

As investigações apontam que a Refit sonega impostos desde a importação de combustíveis pelos portos até a comercialização final nos postos de gasolina.
Com sede no Rio, a empresa atua em todo o país. As diligências desta quinta-feira ocorreram nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e também no Distrito Federal.
O grupo pertence ao empresário Ricardo Magro e é considerado o maior devedor de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços) do estado de São Paulo, o segundo maior do Rio e um dos maiores da União.
Em nota, a Refit esclarece que os débitos tributários apontados pela Secretaria da Fazenda de São Paulo, que serviu como base para a operação Poço de Lobato estão sendo questionados pela companhia judicialmente, tratandos-se, portanto, de “uma disputa jurídica legítima”
Fonte: ICL Noticias /