Opinião: Fogueira junina foi mais aproveitada pela política no interior da Bahia

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São João é uma festa que combina com interior. Talvez isso explique porque as atenções se voltaram quase que integralmente para que lideranças políticas como o governador Jerônimo Rodrigues e seu principal opositor, ACM Neto, tenham sido vistos percorrendo alguns municípios ligeiramente distantes do litoral baiano. Como 2024 é ano de eleições municipais, foi o ano dos prefeitos candidatos à reeleição ou os apadrinhados daqueles que estão na máquina subirem nos mais diversos palcos para tentar capitalizar politicamente os festejos. Já em Salvador, quase não se falou disso.

A capital parecia uma cidade fantasma, ainda que tenha havido muito investimento para manter uma parcela da população entretida com festas no Parque de Exposições, no Pelourinho e em Paripe. Quem tentou surfar nisso foram os candidatos governistas a prefeito e vice em Salvador, Geraldo Jr. e Fabya Reis. No entanto, pouco se falou de política, mesmo no noticiário mais duro sobre o tema. O soteropolitano pareceu muito mais focado em amendoim, milho e licor do que em saber quem vai ganhar a disputa de 2024 pela prefeitura.

Como não havia espaço para lucrar politicamente com um São João em Salvador organizado pela prefeitura, Bruno Reis fez o esperado. Submergiu e se limitou às postagens mais feijão com arroz, para não dizer que não falou de um dos momentos mais importantes da cultura baiana. Foi uma boa estratégia, já que não precisava entrar em qualquer embate sem necessidade e, por mais que tenha relevância na cena estadual, ficou bem reservado para evitar críticas desnecessárias.

Fonte: BN / Foto: Joá Souza/ GOVBA

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