LUXEMBURGO, 9 JUN (ANSA) – Os ministros do Interior dos países-membros da União Europeia chegaram a um acordo para reformar as normas que orientam a gestão de solicitantes de refúgio no bloco.
O compromisso, que ainda precisa de aprovação do Parlamento Europeu, foi alcançado durante uma reunião em Luxemburgo na última quinta-feira (8), após uma maratona de negociações e apesar da oposição de Hungria e Polônia, historicamente hostis a migrantes da África e do Oriente Médio.
A proposta aprovada pelos ministros obriga todos os Estados-membros a participar da gestão dos solicitantes de refúgio que chegam aos milhares nos países mediterrâneos, especialmente Grécia e Itália.
As nações que se recusarem a receber esses deslocados internacionais teriam de pagar 20 mil euros por pessoa para um fundo administrado pela União Europeia.
Atualmente, o Regulamento de Dublin estabelece que a análise do pedido de refúgio deve ser feita pelo país de chegada do requerente, peso que recai sobretudo nos Estados-membros mais meridionais do bloco.
Na década passada, a UE chegou a estabelecer sistemas de realocação de solicitantes de refúgio, mas esses mecanismos sempre foram boicotados por nações do leste europeu.
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“Bruxelas está abusando de seu poder, eles querem realocar migrantes na Hungria à força. Isso é inaceitável, eles querem obrigar a Hungria a se tornar um país de migrantes”, disse nesta sexta (9) o premiê de extrema direita Viktor Orbán.
A Itália, por sua vez, elogiou o acordo. “Acreditamos que algo está começando”, disse o ministro do Interior Matteo Piantedosi. “A Itália obteve apoio para todas as suas propostas e não será o centro de coleta dos imigrantes em nome da Europa”, acrescentou. (ANSA).
Fonte: Isto é