Por Gleidson Souza (Ipirá City)
Na noite da última quinta-feira (22), o Bate-Papo na City recebeu a renomada Dra. Lourianne Cavalcanti, gastroenterologista e hepatologista, para uma conversa esclarecedora sobre Doença Hepática Metabólica. Durante a live, foram abordados temas essenciais sobre os fatores de risco, diagnóstico e possibilidades de prevenção dessa condição que afeta milhões de pessoas.
Dra. Lourianne destacou que a Doença Hepática Metabólica está fortemente associada a condições como obesidade, diabetes tipo 2, resistência à insulina e síndrome metabólica. Além disso, hábitos como alimentação rica em gorduras e açúcares, sedentarismo e consumo excessivo de álcool podem agravar o quadro.

Um dos pontos centrais da discussão foi o impacto da resistência à insulina na saúde do fígado. Segundo a especialista, essa condição pode levar ao acúmulo de gordura hepática, desencadeando inflamação e, em casos mais graves, evoluindo para fibrose e cirrose. A resistência à insulina também está diretamente ligada ao desenvolvimento de esteato-hepatite não alcoólica (NASH), uma das formas mais preocupantes da doença.
Mudanças no Estilo de Vida Podem Reverter a Doença? Uma das perguntas mais relevantes da live foi sobre a possibilidade de reversão da Doença Hepática Metabólica apenas com mudanças no estilo de vida. A Dra. Lourianne explicou que, em estágios iniciais, a adoção de hábitos saudáveis pode sim reverter o quadro, reduzindo a inflamação e melhorando a função hepática. Isso inclui alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e controle de doenças associadas, como diabetes e hipertensão.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações graves. Durante a live, a especialista mencionou que exames como ultrassonografia hepática, elastografia e dosagem de enzimas hepáticas são ferramentas essenciais para identificar a doença em seus estágios iniciais. Além disso, biomarcadores sanguíneos podem ajudar a avaliar a gravidade da condição e orientar o tratamento adequado.
Por fim, a Doutora abordou estratégias para evitar que a Doença Hepática Metabólica evolua para cirrose, uma condição irreversível e potencialmente fatal. Segundo ela, controle do peso, alimentação saudável, redução do consumo de álcool e acompanhamento médico regular são medidas essenciais para impedir a progressão da doença.
Durante a live, a Dra. Lourianne também destacou os benefícios do consumo de café para a saúde do fígado. Estudos indicam que o café possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, ajudando a reduzir a deposição de gordura hepática e prevenindo a progressão da doença. Além disso, a especialista mencionou que a creatina pode trazer benefícios para pacientes com gordura no fígado, especialmente quando associada a um estilo de vida saudável.
Outro ponto enfatizado foi a prática de atividades físicas, como a caminhada, que pode ser extremamente benéfica para pessoas com Doença Hepática Metabólica. O exercício regular melhora a sensibilidade à insulina, reduz a inflamação e contribui para a perda de gordura hepática, tornando-se uma ferramenta essencial na prevenção e no tratamento da condição.