Por ESPN – Sábado, 2 de janeiro de 2021
Acabou a novela. Mauricio Pochettino é o novo treinador do Paris Saint-Germain. O anúncio foi feito neste sábado pelas redes sociais do clube francês.
Depois de chegar a um acordo com Thomas Tuchel pelo pagamento de 6 milhões de euros, cerca de R$ 38 milhões, de multa rescisória do contrato que iria até 2021, a diretoria parisiense escolheu o argentino de 48 anos como substituto.
Na França, ele terá a missão de comandar o estrelado time de Neymar, Mbappé e companhia. O PSG ocupa a terceira posição do Campeonato Francês e está classificado para as oitavas de final da Champions League. O adversário no torneio continental será o Barcelona e marcará o reencontro entre Neymar e Messi.
O comandante estava sem clube desde o ano passado e vai para a sua quarta experiência no futebol europeu. Começou no Espanyol (de 2009 a 2012) e passou pelo Southampton (entre 2013 e 2014) antes de chegar ao Tottenham, seu trabalho de maior sucesso.
Ao todo, foram seis temporadas à frente dos Spurs, quando ajudou a colocar a equipe na briga com os principais rivais da Premier League. Não conquistou título, mas comandou o Tottenham à final da Champions League 2018-2019, perdendo a decisão para o Liverpool de Jurgen Klopp. Ele foi demitido em 19 de novembro de 2019, sendo substituído por José Mourinho, e desde então estava sem clube.
Como jogador, o zagueiro Pochettino teve uma carreira sólida. É ídolo do Newell’s Old Boys, clube que defendeu entre 1989 e 1994, onde foi comandado por Marcelo Bielsa e chegou a dividir quarto com Diego Maradona. Campeão do Torneio Clausura em 1992, disputou a final da Copa Libertadores no mesmo ano, perdendo nos pênaltis para o São Paulo, que conquistava a América pela primeira vez.
Depois se transferiu para a Europa, onde brilhou e também conquistou a torcida do Espanyol em duas passagens, de 1994 e 2001 e entre 2004 e 2006, onde encerrou a carreira nos gramados e começou sua trajetória como técnico. Ainda defendeu o próprio PSG, entre 2001 e 2003, e também o Bordeaux, entre 2003 e 2004.
Também sob o comando de Bielsa, disputou a Copa América de 1999 e estava em campo na eliminação diante do Brasil, 2 a 1, nas quartas de final. Foi titular nos três jogos da Copa do Mundo de 2002, quando a Argentina caiu ainda na primeira fase.
O então cabeludo zagueiro cometeu o pênalti sobre Michael Owen, que resultou no gol de David Beckham, na derrota por 1 a 0 para a Inglaterra, em um dos jogos mais emblemáticos daquele Mundial. A derrota acabou sendo crucial para a queda precoce da seleção argentina.
Fonte: ESPN