Por Sputniknews – Sexta, 28 de agosto de 2020
WeChat tem mais de 1,2 bilhão de usuários ativos na China, enquanto a Apple representou 8% do mercado de smartphones do país asiático no segundo trimestre de 2020, muito atrás da líder Huawei.
Cidadãos chineses podem abandonar seus iPhones para sempre se os EUA proibirem o popular aplicativo de mensagens WeChat em território norte-americano, alertou Pequim, apontando para dados de relatórios que mostram que a maioria dos consumidores do país asiático está pronta para abandonar a Apple.
“Muitos chineses estão dizendo que podem parar de usar o iPhone se o WeChat for proibido nos EUA sob o pretexto de ‘segurança nacional'”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian na quinta-feira (27), durante coletiva de imprensa.
Zhao afirmou estar ciente de uma pesquisa, conduzida pela plataforma chinesa Weibo, que mostra que cerca de 95% dos entrevistados abandonariam seu iPhone se o WeChat acabasse em uma lista negra dos EUA. O WeChat tem mais de 1,2 bilhão de usuários ativos na China, enquanto a Apple representou 8% do mercado de smartphones do país asiático no segundo trimestre de 2020, muito atrás da líder chinesa Huawei.
‘Intimidação econômica’
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto executivo no início do mês que proíbe, a partir de setembro, qualquer transação com a desenvolvedora do aplicativo TikTok, a ByteDance, e o aplicativo WeChat, da Tencent Holdings. A proibição pode exigir que a Apple e outras empresas norte-americanas removam o aplicativo de mensagens WeChat de suas lojas de aplicativos.
Durante a coletiva de imprensa, Zhao afirmou que a proibição do WeChat era uma forma ideologicamente orientada de “intimidação econômica“, um “ato de pirataria” que “está fadado a sofrer oposição e resistência da comunidade internacional”.
Esse é apenas o capítulo mais recente da crescente tensão política e econômica entre Washington e Pequim. Anteriormente, o governo Trump apontou dezenas de empresas chinesas, principalmente a Huawei, acusando as empresas de colaborar com o governo chinês.
Fonte: Sputniknews