Antônio Lima Silva, (Tonho de Lu) filho do Senhor Alfredo Lima Silva e a Senhora Alvina Fernandes da Silva, (In Memoriam) nasceu em 24 de janeiro de 1954, em Ipirá, morador da antiga rua da tripa, hoje Barão do Rio Branco. Quando criança, sua mãe o botou para trabalhar com o Senhor Zé cuscuz, barbeiro e com 10 anos, Tonho de Lu, já era um profissional na barbearia.
“Eu com a idade de 7 a 8 anos minha mãe me botou para trabalhar com zé cuscuz e com 10 anos eu já era profissional e trabalhava para mim mesmo. Tive uma desavença com meu mestre e sair da barbearia.”
Saindo da barbearia trabalhou de servente de pedreiro, com um primo chamado Bem Marambaia, pessoa muito conhecida na cidade. Após um tempo voltou à barbearia novamente, depois, saiu da barbearia de novo e foi trabalhar de padeiro. Com o atual sogro, Xadu da padaria.
Trabalhei na padaria do meu sogro, Xadu, e depois disso, no beco ali de Israel, com Didi, Didi da barbearia, próximo a Valter Relojeiro, onde é hoje a ótica Cristal. Daí em 76, fui para Feira de Santana. Trabalhei em feira até 1979. Em 79 voltei para Ipirá e botei minha barbeariazinha, no beco de Biú, que era nos quartos de Paulo Marinho. Onde estou até hoje. Durante esse tempo todo eu vivia muito tive uma cirrose no fígado e essa cirrose teve um sangramento das Varizes esofágicas, resultado parti para fazer um transplante. Meus médicos, apitou para fazer um transplante de fígado. Fiquei quatro anos na espera, mas graças a Deus consegui.”
Senhor Tonho de Lu é casado com a Senhora Maria Zilma, (Tia Zilma da Montessori). Pai de três filhos. Gil, Edi e Jô. E avô de três netos, Letícia, Guilherme e João. Senhor Tonho de Lu é um grande profissional da barbearia, em Ipirá.
” È meu amigo, a vida continua aqui. Estou aqui ainda no mesmo local, aqui no beco, aqui de frente do posto de Balbino. Já tenho dez anos de transplantado. É uma história a minha vida, né? Brinquei muito, bebi muito. E a semana passada fizeram até uma festinha para mim lá no Hospital Roberto Santos, sobre dez anos de transplante, ainda trabalho, tô aqui na minha tendinha todo dia. Já fiz barba, muitas vezes, de vavazinho, era uma pessoa que eu admirava, gostava e ele gostava muito de mim. Por sinal uma vez ele trabalhou de advogado para mim, numa briga que tive, com nica prenha e vavazinho foi quem me defendeu. A vida continua, eu estou por aqui, se tudo correr bem, até quanto Deus quiser, eu estou por aqui, o resto, cabe a Deus, né? Vamos lá, quem sabe quantos dias levarei, se vou hoje, amanhã, ou demorarei mais uns anos.”