A direção da Petrobrás se reuniu nesta quinta-feira, 5, com analistas, para detalhar o lucro de R$ 42,8 bilhões do segundo trimestre de 2021.
No encontro, a estatal petrolífera reafirmou a política de acompanhamento da cotação do petróleo no mercado internacional e com o dólar, e não descartou a possibilidade de distribuir mais do que os R$ 31,6 bilhões em dividendos já anunciados.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o diretor de Refino da empresa, Cláudio Mastella, defendeu que, a exemplo de commodities como os produtos agrícolas, o petróleo é negociado com preços internacionais, e o respeito à lógica econômica estimula os investimentos. O alinhamento dos preços com o mercado internacional foi o que ajudou a impulsionar o resultado do segundo trimestre.
Mas, o aumento nos preços dos combustíveis tem causado impactos na popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que já fez críticas públicas aos reajustes e promoveu cortes de impostos federais sobre o diesel e o gás de cozinha, como forma de tentar minimizar os efeitos sobre o consumidor. Em fevereiro, após uma sequência de aumentos, Bolsonaro demitiu o ex-presidente Roberto Castello Branco.
Presente apenas na abertura e no encerramento do encontro com analistas, o atual presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, reforçou que a gestão da petrolífera seguirá baseada nas decisões técnicas e que um dos focos da gestão é compartilhar os ganhos com os acionistas.
“Esse resultado bastante expressivo é fruto de um trabalho continuado, que já vem de longo prazo e está se consolidando nesse trimestre. A tendência é que sigamos nesse caminho, nesse mesmo direcionamento, com resultados bastante otimistas”, disse o dirigente.
Fonte: A Tarde