Após episódio envolvendo o goleiro Maignan, do Milan, Gianni Infantino emite comunicado: “Precisamos que todas as partes interessadas relevantes tomem medidas”
Por Redação do ge — Zurique, Suíça
No dia em que o goleiro Maignan foi vítima de racismo e o jogo do Milan contra a Udinese chegou a ser interrompido, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, emitiu um comunicado oficial manifestando apoio ao jogador.
Infantino citou outro caso também ocorrido no sábado, em Sheffield, na Inglaterra, e defendeu que derrotas automáticas sejam uma das punições em episódios do tipo.
Temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas.
— Gianni Infantino, presidente da Fifa
O jogo válido pelo Campeonato Italiano, que terminou com vitória do Milan por 3 a 2, foi paralisado por cerca de cinco minutos após Maignan relatar ao árbitro as ofensas racistas. Os jogadores chegaram a deixar o campo, mas retornaram pouco depois.
Veja a íntegra do comunicado:
“Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação – tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm meu total apoio.
Precisamos que todas as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade.
Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas.
A Fifa e o futebol mostram total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!”
Fonte: Globo/GE