Após morte de paciente de 27 anos, dermatologista reforça que procedimento só deve ser feito por profissionais de saúde devido a riscos cardíacos
A Polícia Civil investiga a morte de Henrique Chagas, de 27 anos, após realizar um procedimento de peeling de fenol em uma clínica de estética. Em entrevista à CNN, a dermatologista Elisete Crocco, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, alertou sobre os riscos do procedimento.
Cuidados durante o procedimento
A especialista enfatizou a necessidade de monitoramento cardíaco durante o procedimento, uma vez que o contato do fenol com a pele pode causar alterações no eletrocardiograma e levar a arritmias.
Ela reforçou que o peeling de fenol não deve ser realizado por esteticistas, mas sim por profissionais de saúde capacitados para lidar com os riscos envolvidos.
“O peeling de fenol é um procedimento que deve ser realizado por médicos dermatologistas. Ele tem a capacidade de coagular proteínas, ou seja, fazer uma destruição tecidual de toda a epiderme e até a derme mais profunda dos indivíduos que recebem esse procedimento”, explicou a médica.
Sobre o Caso
A investigação sobre a morte de Henrique Chagas busca esclarecer as circunstâncias do ocorrido e determinar se houve negligência ou falha no procedimento realizado na clínica de estética.
Na tarde desta segunda-feira (03), a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência no Studio Natalia Becker, no Campo Belo, Zona Sul de São Paulo. No local, os agentes encontraram o homem já desacordado.
No estabelecimento, uma equipe do Samu prestava socorros e, apesar das tentativas de reanimação, Henrique não resistiu.
A responsável pela clínica, Natália Becker, de 29 anos, estava presente e informou que havia realizado um procedimento de “peeling facial” — com aplicação de Alivium 500 mg —, e Henrique teve dificuldade para respirar e pediu ajuda.
(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil) / Reprodução CNN