O coordenador-geral do Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro-BA), Allysson Mustafá, afirmou nesta segunda-feira (2) que a categoria já considera seguro retornar às atividades presenciais nas escolas particulares em Salvador, mas não se pode dizer o mesmo do interior do estado. Segundo ele, o sindicato realiza negociações para manter as aulas remotas em cidades como Feira de Santana e Vitória da Conquista, onde a disseminação da Covid-19 não está controlada.
“As aulas em Feira estão sendo retomadas hoje porque um acordo que fizemos com o sindicato patronal venceu e não foi renovado. A região de Vitória da Conquista tem um número muito grande de infectados. A imprensa repercutiu recentemente que cerca de 200 cidades baianas já assumiram que não pretendem retomar atividades presenciais em 2021, porque os prefeitos sabem que sua estrutura local é precária. Se houver explosão de casos de Covid, eles não têm como conter”, disse ao Metro1. “Nenhuma cidade brasileira quis voltar às aulas com 90% de ocupação de UTIs como Conquista fez. Uma cidade, inclusive, que teve o prefeito [Herzem Gusmão] morto por Covid”, acrescentou.
Segundo o coordenador-geral do Sinpro, os professores de Salvador passaram a se sentir mais seguros com o avanço da vacinação e o fato de que boa parte da categoria está prestes a tomar a segunda dose. No entanto, ainda há preocupações.
“Naquele primeiro momento de volta às aulas, em maio, os professores retornaram porque estavam sendo pressionados. Hoje ainda há um grau de insegurança, mas ele é menor do que já tivemos. Temos uma percepção de segurança maior, porque a vacinação caminha, apesar das dificuldades. No entanto, não sabemos quais serão os efeitos dessas liberações de atividades. Nos preocupamos com o comportamento geral das pessoas, que podem acabar baixando a guarda em relação aos cuidados. Ainda tem a variante delta, não sabemos muito sobre ela e como está circulando no Brasil”, pontuou.
As aulas semipresenciais nas escolas particulares de Salvador foram retomadas no dia 3 de maio, após serem autorizadas por um decreto do prefeito Bruno Reis (DEM).
Fonte: Metro 1